Manual de autoajuda para 2014
Os textos de diferentes autores publicados nesta seção não traduzem, necessariamente, a opinião do site. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
Seguem dez conselhos para jovens profissionais em busca de promoção em 2014. A regra é separar o joio do trigo e ficar com o joio. De grande utilidade para quem faz carreira em empresas de consultoria, busca colocação em organismos internacionais, ONGs de nome exótico e muitos recursos do mercado financeiro e, é claro, redações.
1. Quando, numa digressão histórica, falar sobre o esquema de corrupção na gestão de Celso Daniel em Santo André, não diga que os grandes empresários de ônibus da cidade pagavam propina a prefeitura do PT. Diga que os coitadinhos eram “extorquidos.”.
2. Quando mais uma vez Paulinho da Força xingar Dilma Rousseff, evite mencionar levantamento da Vox Populi que mostra as intenções de voto entre os filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos de S. Paulo, principal entidade da Força Sindical. Dados de março mostram vantagem Dilma sobre Aécio na base de 2,7 a 1. Contra Eduardo Campos, a vantagem é de 8,3 a 1.
3. Quando falar da megalomania de Lula que trouxe a Copa do Mundo para o Brasil, esqueça de mencionar que Fernando Henrique Cardoso tentou trazer a Copa de 2006 para o país – e caiu fora nas eliminatórias.
4. Quando falar da falta de confiança dos investidores internacionais, evite dizer que trouxeram 64 bilhões de dólares para o país em 2013, contra US$ 32,8 bilhões em 2000, o melhor ano do governo FHC.
5. Quando falar de medidas impopulares, evite lembrar que a austeridade fez o desemprego europeu pular de 8% para 11,9% depois de 2008. No mesmo período, no Brasil, o desempregou caiu dos mesmos 8% para 5,1%.
6. Quando falar que a inflação está fora de controle evite mencionar que ela cresceu 9,2% em média no governo FHC, contra 5,9% depois da posse de Lula. (O pior ano do período foi 2003, que trazia a herança de 2002).
7. Quando engrossar a voz para falar que é preciso elevar a taxa de investimento, evite mencionar que ele cresceu 1% ao durante o governo do PSDB e 6,1% durante o governo do PT.
8. Ao mostrar simpatia pelos protestos anti-Copa, não pare de denunciar a falta de verbas para a Educação, embora os gastos fossem de R$ 37, 1 bilhões 2002 e tenham chegado a R$ 112,3 bilhões em 2013.
9. Quando falar da eleição em Minas Gerais, evite lembrar que o atual candidato tucano ao governo, Pimenta da Veiga recebeu R$ 300 000 das agências de Marcos Valério. É seis vezes mais do que o deputado do PT João Paulo Cunha, primeiro condenado da AP 470. Por receber R$ 296 000, que jamais admitiu ter guardado para si, Henrique Pizzolato pegou 12 anos de prisão no STF e hoje está foragido e preso na Itália. Não deixe de mencionar as suspeitas contra o deputado André Vargas, do PT, quando falar da operação Lava-Jato. Ignore que Luiz Argolo, de um partido que se aliou a Aécio, é o único parlamentar apanhado quando negociava pagamento em $$$ com o doleiro Yousseff.
10. Quando lamentar o crescimento brasileiro de 2,3%, evite mencionar que o México cresceu 1,1% e que a celebrada recuperação americana ficou em 1,9%. A Espanha enfrentou uma recessão de 1,2 negativos, a Itália ficou em 1,9 negativos também. O melhor crescimento europeu foi a Inglaterra, 1,8%. Elogie Angela Merkel sem mencionar que a Alemanha parou em 0,5%.
Propaganda do PT? Nunca desconfiei dessa tendência dessa Província. Não conspurquem a minha terra natal.
Quer dizer: não pode falar mal dos petistas.
Caro leitor, obrigado por sua opinião.
Informamos que os textos publicados nesta seção não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
Que pena. Eu julgava que era um jornal isento.
Caro leitor, obrigado por sua opinião.
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Aplausos a Paulo Moreira Leite pela análise feita sobre o uso de senso comum e clichês quando se faz uma leitura ou comentário sobre qualquer assunto. Isso impede uma reflexão mais profunda sobre assuntos sócio-econômico-políticos dos quais participamos. Parabéns à Província que nos aproxima, conforme objetivo desta coluna, “do debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.”
Parabéns Provìncia. Estou com saco cheio de gente de barriga cheia reclamando por reclamar e repetindo como papagaio o que ouve falar. Sabem nada de Brasil, de América Latina e de mundo. Se chamarem Lula para o debate não darão pro cheiro porque esse rejeitado metalúrgico entende mais de conjuntura mundial que essa gente toda. Se forem capazes montem um partido, disputem eleições, ganhem o poder. Depois disso quero ver se dirão o que dizem. Lula passou a ser o bode expiatório de uma classe de pessoas que joga contra, embora elas mesmas não tenham do que reclamar, pois se saíram bem na vida, acima da maioria dos brasileiros, cujas oportunidades só ultimamente se tornam mais acessíveis. Todos somos responsáveis pelo destino do Brasil. Tem gente que ainda está à espera do messias; alguém que liberte o país da omissão de seu próprio povo, especialmente os que se enricaram a custa da exploração. Votar em alguém e encarregá-lo de mudar o país é de uma burrice sem tamanho. Que essa gente faz para melhorar a própria rua, bairro, comunidade, a escola onde o filho estuda? Sei que Lula cometeu erros grosseiros e primários, como todos os que governam e governaram nosso país. Por que só ele tornou-se vitima do ódio de uma parcela da população para a qual nada falta?
“Lula superou todas as expectativas e se tornou o maior chefe de Estado da História do Brasil”. Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco IG 29.12.10.
“Lula entrará para a História como um dos líderes políticos mais impressionantes. Foi capaz de tomar decisões difíceis enquanto mantinha o apoio da população e ganhava a admiração mundial”. El-Erin, da PIMCO. Folha 31.12.10.
“Eu sou Lula”. (Suassuna)
Deveríamos sim nos orgulhar pelo fato de o Brasil, apesar de tanta miséria produzir cidadãos como Lula.