Mar Bravio
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Me sou, soturno e delicadamente
Despido de culpa que desconstrói
Hoje abro minha voz pra toda gente:
Resisti às tempestades, qual herói.
Me fui, ainda mais caladamente,
Por dentro, lenho que cupim não rói
Ainda resisto em tom permanente
Que a dor maior não será a que dói.
Remei tempestuosos descaminhos
Ainda sei que não mais brigo comigo
Por erros que o passado reparou.
Por você, inverto rodamoinhos
Tiro a limpo qualquer ardor antigo
E me volto ao mar bravio de que sou.