Paz e Bem!

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paz e bem

Necessito da paz como do ar que respiro.  Quietude e silêncio são dons do Espírito, que nos acalmam e nos dão a sensação benfazeja de plenitude em todos os sentidos, sobretudo em nosso íntimo. É lá, no fundo do coração, que tudo se processa. Nossos sentimentos e emoções, nossas angústias e medos, nossa coragem e nossa esperança.

Leio sempre que a paz é fruto da justiça e isso se aplica também ao sentido social, a uma situação em que todos os cidadãos podem desfrutar dos mesmos benefícios e direitos concedidos em igualdade de condições, de forma que ninguém se sinta lesado ou prejudicado. Mas, penso, trata-se de uma paz utópica, pois o mundo está mergulhado nas mais cruéis formas de injustiça, corrupção e violência.

Contudo, se Deus nos permite, e se somos merecemos dela, devemos lutar pela paz em nossas vidas, no lugar onde moramos, no cantinho sagrado onde repousamos nosso corpo físico, digno descanso. Para mim, usufruir horas de silêncio para ouvir música, ler, escrever, meditar, é um luxo maravilhoso e absolutamente necessário. Sobretudo, poder dormir o abençoado sono da noite, que nos faz acordar inteiros e dispostos.

Li, recentemente, o desabafo e o apelo de um colega jornalista, acerca de um galo que cantava num terreno próximo ao prédio onde mora.  Ele e muitos vizinhos estavam sem dormir. Parece que o problema foi resolvido. Ah, Meu Deus! Sou solidária, entendo perfeitamente a situação, pois andei passando por algo parecido e luto pelo direito de ter silêncio ao meu redor.

Todos em busca da paz! Sei de casos em que a pessoa foi, simplesmente, forçada a vender o apartamento, premida por quem, de propósito, sapateava no andar de cima, ou arrastava móveis. Há quem precisou se mudar de casa, por não aguentar o rádio do vizinho. Quanto mais se pedia para baixar, mais alto era o som.

A consciência de que vivemos em comunidade e o dever de respeito ao próximo têm a ver com a alma, a formação moral e o caráter de cada um. O mundo é feroz, há muita gente insensível, e a humanidade se digladia na falta de entendimento e de amor. Não é difícil resolver os conflitos do convívio diário. Basta boa vontade, educação, civilidade, e entendimento de que não sou uma ilha, há pessoas a minha volta e não devo perturbar o sossego público.

Enquanto uns lutam pelo silêncio, de dia ou durante a noite, pelo direito de estar na sua casa, de morar nela sem suportar ruídos e som alto, latidos de cachorros, canto de galo na madrugada, etc, de outro lado existem os síndicos, os administradores de condomínios que aplicam multas, os órgãos e entidades ambientais que fazem cumprir a lei e protegem os cidadãos. Deus os abençoe.

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