Revoada
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Canta, bem te vi; canta que é sua hora
Pelo chamado sólido e fraterno
Voltou em meio ao rigoroso inverno
Pois conheceu meu aperto de outrora.
Voa, meu colibri, com toda sua flora
Adoça com seu néctar subalterno
A mágoa despertada qu’inda hiberno
Expelindo da pele a minha pandora.
Sabiás e rouxinóis na janela
Libertos – sabidos dessa maldade –
Gozam de uma alegria travesti.
Assim, se tirou toda a asa da cela
Se estufou um grito de liberdade
E cantou meu pequeno bem te vi.
Lindo! <3