Sobre a liberdade

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papillon

Foto: Reprodução Google

Em tempos de radicalismos, mensagens que enfatizam a busca da liberdade de toda espécie são muito bem recebidas. É o que ocorre com a nona versão do filme ‘Papillon’, segunda versão do livro de sucesso publicado em 1969 por Henri Charrière, que alegava que se tratava de uma história autobiográfica, fato contestado posteriormente.

Após uma versão de grande repercussão de 1973, a nova versão de 2018 humaniza os personagens de modo a serem menos heroicos, mas não perde a essência do romance, que está na vitória da determinação perante condições muito adversas. Afinal, as prisões do século passado conseguiam ser ainda piores dos que as de hoje em termos de humilhações e maus tratos.

O protagonista Papillon, que significa ‘borboleta’, cumpre pena por uma injusta acusação de assassinato, e conhece numa prisão de máxima segurança um responsável por falcatruas financeiras. A capacidade de sobrevivência de um e o dinheiro do outro constroem uma amizade fundamentada na busca de alternativas para a sobrevivência.

Papi supera violências físicas e morais, além do risco de enlouquecer na solitária ou na colônia penal, sempre com a ideia da fuga. O filme se sustenta por mostrar que possibilidades de saída existem mesmo nas mais terríveis situações. Para isso, é necessário olhar para diante, aprendendo com erros próprios e alheios. Desistir nunca é a lição que fica, assim como a da construção de uma amizade por mais improvável que ela possa parecer.

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