Soneto Terapêuta
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Qual maior abertura, tal qual faz
Meio ano que se vai, sem se fez
Arredio repouso a minha vez
Com ternura vazia ineficaz
Qual vazio se faz por comentário
Que se estende por falhas bocas nuas
As quais se prostituem pelas ruas
Pelas quais segue aflito um solitário
O medo dos dizeres de uma alma
Não preenche jamais um coração:
Descaminha a trilha do amanhã
Conheço alguns segredos como a palma
Peço apenas que volte o meu bordão
E segue assim: o tempo é o meu divã.