Olhos vendados

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iustitiaQuem já viu a deusa romana da Justiça, por certo já observou que ela tem os olhos vendados. Essa personalização, contrariamente o que entende o domínio popular: – Que a Justiça é cega; foi criada como simbologia, que pudesse demonstrar que as decisões da justiça, são livres de interferências… são de imparcialidade objetiva e resolvidas dentro do estrito conteúdo das Leis e mais, debaixo de um tratamento igualitário para todos. Pelo menos assim deveriam ser. Todavia, em determinadas situações, o cidadão comum e leigo no aspecto jurídico, não entende como certas situações se contemplam de diferencialidades, ao ponto de questionarmos decisões de possam até ser ‘Legais’, mas, que na verdade nos soam tão estranhas. Por acreditar, que todo acusado é inocente até ser declarado culpado, penso que pessoas revestidas de cargos públicos, devem, ou melhor, deveriam entender como obrigação, uma permanente satisfação à opinião pública, pois são cargos delegados a serviço e pagos pelo povo. Tudo isso, para dizer do meu espanto ao ver que um determinado secretário de obras e sua funcionária, através de seus advogados constituídos, conseguiram uma liminar junto a ‘Vara da Fazenda’ da terrinha, para impedir o acesso público ao inquérito civil do Ministério Público, que investiga suposto envolvimento em superfaturamento de obras do executivo desde 2008. Ora, se é coisa pública, deveria ser aberta. Ainda mais, por eu achar, que se o secretario não deve nada, ele próprio deveria vir a público ofertando total transparência nessas investigações do MP – Piracicaba, ratificando o ditado: – Quem não deve, não teme! Além do mais, eu também acredito na Declaração dos Direitos do Homem em seu art. 9º, onde está inscrito, que todo acusado é inocente até ser declarado culpado; e isso não se discute! Assim sendo, aos ofertar ‘olhos limpos’ à opinião pública, os acusados estariam por admitir pela transparência, o não objeto da dúvida sobre essa suspeita ora em curso. Se a vida pública em questão for um livro aberto, que as páginas se ofereçam ao vento. Caso contrário, a própria opinião pública, haverá de carregar sobre os ombros dos acusados, o ônus da dúvida. Infelizmente, é assim que funciona.

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