Piracicaba e sua imprensa escrita

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A função precípua da imprensa é informar aos seus leitores, se possível, tudo o que acontece. Certamente isso é impossível, o que faz com que se informe o mais importante no momento. Essa informação eventualmente pode ser formadora de opinião. Para tal há que se analisar os fatos. O pouco que foi dito é suficiente para demonstrar a importância do jornalista e do jornal. No entanto o jornalista, e seu jornal, devem ser honestos e isentos! Outra função da imprensa é “fiscalizar” os governos mostrando seus erros, sem se esquecer, nunca, de seus acertos!

A imprensa escrita de Piracicaba, hoje, é liderada por seu mais importante órgão o Jornal de Piracicaba, fundado há mais de cem anos! Nesse tempo vários Editorialistas se sucederam. Comento apenas os que conheci: Fortunato Losso Neto, Antonieta Rosalina Losso Pedrozo e, atualmente, Ude Valentini. Antonieta Rosalina Losso Pedrozo, a primeira pessoa fora da minha família que conheci ao me mudar para Piracicaba, sempre foi uma Dama da Sociedade piracicabana! Como Diretora do JP sempre defendeu sua cidade e seus pontos de vista com imparcialidade! Fortunato Losso Neto nos mostra, diariamente suas qualidades nas republicações de seus editoriais. Admiro a coragem da Direção do JP em colocar o Editorial atual imediatamente acima dos Editoriais de Fortunato Losso Neto em suas republicações!

Outros jornais diários são A Província, Gazeta de Piracicaba e Tribuna Piracicabana. Dos dois últimos citados  recuso-me a fazer observações por desconhecimento. A Província é uma deliciosa vitória do notável jornalista piracicabano Cecílio Elias Neto, que já havia sido Diretor do Diário de Piracicaba, com grande brilho! Criou e dirige o jornal que circula na internet há não sei quantos anos, também com brilhantismo invulgar! Cecílio é um jornalista isento, raridade na imprensa brasileira!

Voltemos ao JP. Isenção não é, infelizmente, característica sua. Aliás, é  exatamente o contrário que se depreende de sua leitura diária. Os editoriais e os artigos, sempre, colocam um parágrafo criticando o Governo Federal, tendo ele, ou não, relação com o fato. Por favor, não me interpretem mal, não sou contra  críticas, muito pelo contrário, mas não suporto o silêncio tumular quanto aos elogios! Doze anos e meio de governo, com maravilhosas conquistas como, para mim a maior delas, a saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU, ou a retirada de trinta milhões de pessoas da Miséria!! O aumento e a manutenção do poder de compra do Salário Mínimo! O sensacional desenvolvimento do Nordeste, ironicamente livre dos problemas das secas! O Minha Casa Minha Vida, o Mais Médicos, as dezoito novas Universidades, as centenas de Escolas Técnicas, o respeito ao País pelo mundo, além de tantos fatos Brasil a fora não merecem uma palavra do JP! Só ataques! Onde está a isenção? Os escândalos da oposição não são dignos de notas nem nos editoriais nem nos artigos …! Faço questão de ressaltar uma exceção. Trata-se da jornalista piracicabana Patrícia Ozores Polacow. Boas escolhas dos temas, isenção e imparcialidade! Rendo a ela meus agradecimento e reconhecimento! Vejam que eu, que nem sou jornalista nem editor, reconheço o que de bom o JP possui! Em tempo, sou leitor do JP desde março de 1951!

Se o prezado leitor não concorda comigo que leia os editoriais de ontem e de hoje e digam se não tenho razão!

 

Porto Seguro, 8 de julho de 2015.

Jairo Teixeira Mendes Abrahão – Prof. Titular da ESALQ-USP.

3 comentários

  1. Peter em 10/07/2015 às 02:20

    Jairo, você está repleto de razão.
    Eu cancelei a minha assinatura do JP há alguns anos, pois não suportava mais a parcialidade do mesmo.
    E faço questão de não lê-lo, mesmo quando exposto em algum posto de combustível ou padaria.

  2. Daisy Costa em 13/07/2015 às 19:52

    Compartilho com essa observação sobre nossa imprensa, especialmente sobre o JP.
    Brilhante reflexão!

  3. JOÃO PROENÇA em 14/07/2015 às 21:48

    Também tenho notado essa tendência por parte da grande maioria dos articulistas efetivos do JP contra o governo federal. Assino o jornal há várias décadas e estou propenso a cancelá-lo caso mantenha essa conduta parcial e segregadora de divulgação.

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