Festa do Divino, Patrimônio Imaterial de Piracicaba

*Artigo e fotos/imagens  retirados do livro “Piracicaba, a doçura da terra”, de Cecílio Elias Netto.

 

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Foto: Fábio Rubinato

Existem várias versões sobre a origem da Festa do Divino, que está integrada aos festejos realizados em épocas de colheita. Alguns historiadores defendem sua origem na Idade Média; outros apontam a Alemanha, mas é fato que no Brasil a Festa do Divino Espírito Santo tem influência portuguesa.

A difusão da manifestação pelo Brasil ocorreu numa conjuntura de negociação de valores e de representações culturais entre diferentes elementos étnicos culturais: colono português, escravo africano, indígena e estrangeiro. Dessa forma, os ritos das crenças africanas, indígenas e cristãs se misturam. Justificando manifestações de origem africana, como a Congada, indígena, como o Cururu, como componentes inseridos na Festa do Divino Espírito Santo.

Sua expressão varia em tempo e local e se manifesta de diferentes formas: rural ou urbana; marítima, com encontro dos barcos no mar, fluvial, com encontro dos barcos no rio ou terrestre, sem encontro dos barcos. Mas, em todas as formas de expressões encontram elementos comuns: leilões, quermesses, distribuição de alimentos, celebrações, procissões e desfiles da bandeira e folia do Divino, torneios de cantadores e cururueiros.

Em dezembro de 2016, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (CODEPAC) aprovou o registro da Festa do Divino Espírito Santo como patrimônio cultural imaterial do município.

A festa teve início em 1826 e se configura como a mais tradicional manifestação religiosa e popular da região, atraindo milhares de pessoas, com expressivos rituais, como Folia, Pouso, Leilão de Prendas, Encontro das Bandeiras, Procissão, Missa e Rodas de Cururu e Violeiros.

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