O Clube Nipo-Brasileiro de Piracicaba (1)

Luciano-Guidotti_Oscar Nishimura

Luciano Guidotti, prefeito de Piracicaba, e Oscar Nishimura, presidente do Clube, cortam fita inaugural da sede na Paulista, no dia 13 de abril de 1958. (foto: Kichisaburo Nakagawa)

As dificuldades naturais (idioma, hábitos alimentares, diferenças climáticas, costumes e comportamento) acarretaram um forte choque aos imigrantes japoneses em Piracicaba, obrigando-os a conviver em grupo.

Foi assim que, em 1920, surgiu a Pau D´Alho Nihonjin Kai (o primeiro nome refere-se à fazenda, onde eles trabalhavam na lavoura do café; “kai”, significa associação, em japonês), sob a presidência de Hayato Takematsu, com o objetivo de servir como ponto de encontro das famílias nos finais de semana e abrigar uma escola de língua japonesa para seus filhos, visando a preservação de suas tradições, por meio de eventos relacionados aos costumes dos pais e de seus antepassados.

Foi essa semente que, mais tarde, se transformaria no, hoje, representativo Clube Cultural e Recreativo NipoBrasileiro, cuja preocupação maior é a preservação e difusão da memória e da cultura japonesa, ministrando vários cursos e realizando festas e encontros anuais abertos à comunidade em geral, abrangendo a culinária, música, esporte, cultura e arte.

Ao longo de sua história, a associação passou por várias denominações. Em 1932, com o crescimento da comunidade japonesa – espalhada por vários bairros da cidade – a entidade passou a ser chamada de Piracicaba Nippon Ginkai, ou seja, Associação Cultural de Japoneses de Piracicaba (“nippon”, japoneses; “ginkai”, associação de gentes).

Com o “estouro” da Segunda Guerra – quando as associações nipônicas, italianas e alemãs passaram a ser proibidas pelo governo brasileiro – enfrentou crise e perseguição. Mesmo assim, prosseguiu na clandestinidade. Passado o conflito, em 1950 ressurgiu como Piracicaba Beisebal Club (ainda era proibido o emprego de “japonês” no título da entidade, resquício dos tempos de perseguição), criado no dia 20 de abril, conforme ata de fundação, com sede provisória no número 895 da Praça José Bonifácio, no centro de Piracicaba.

(Continua)

Para conhecer o texto completo, acompanhe a TAG Nipo-Brasileiro Piracicaba.

[Estes conteúdo e imagem foram retirados do livro “Centenário da Migração Japonesa em Piracicaba”, de Cecílio Elias Netto, em co-autoria com Ronaldo Victoria e Arnaldo Branco Filho. Saiba mais sobre esta e outras obras publicadas pelo ICEN.]

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