O Rio Piracicaba, afluentes e ilhas

rio Piracicaba

O Piracicaba é formado pela junção dos rios Atibaia e Jaguari (o rio Atibaia encontra-se com o Jaguari a 800 metros à jusante da Barragem e o encontro dessas águas dá origem ao rio Piracicaba). Fotos: Davi Negri

Uma das mais minuciosas descrições sobre o rio Piracicaba é do navegador José Luiz Guidotti (Revista do IHGP, Ano III,1994, Número 3). Apesar de dizer-se que o rio tem cinco nascentes, sendo a principal em Joanópolis, tecnicamente o Piracicaba não tem nascente, pois é formado pela junção dos rios Atibaia e Jaguari. Represado pela Barragem de Salto Grande, nas proximidades de Americana, o rio Atibaia encontra-se com o Jaguari a 800 metros à jusante da Barragem e o encontro dessas águas dá origem ao rio Piracicaba, que inicia o seu percurso a 522 metros acima do nível do mar.

Banhando também os municípios de Americana, Limeira, Santa Bárbara d’Oeste, Iracemápolis, São Pedro, Santa Maria da Serra, Anhembi, Botucatu, o rio atravessa apenas a cidade de Piracicaba, a quem dá o nome. Um dos marcos da cidade, a Casa do Povoador – na Avenida Beira Rio Miguel Dutra – fica a 119 quilômetros da foz e a 58 quilômetros da formação do Piracicaba. A largura média do rio é de 70 metros, já nascendo encorpado – com cerca de 60 metros – e chegando a uma largura de 100 a 120 metros como no Salto e nas imediações do Tanquã.

Afluentes

Os afluentes do Piracicaba são os seguintes, considerando que a quilometragem corresponde à distância em relação à foz do rio, conforme adverte o navegador Guidotti: ribeirão Quilombo (km 171, margem esquerda), que é o maior poluidor do rio Piracicaba, passando por Sumaré, Nova Odessa e Americana; ribeirão Tatu (km 165, margem direita), outro grande poluidor, com os detritos que traz de Limeira; ribeirão dos Toledos (km 153, margem esquerda), também carregando elementos poluentes de Santa Bárbara d´Oeste; ribeirão Lambari (km 150, margem esquerda); ribeirão dos Coqueiros, (km 142, margem direita); ribeirão Tijuco Preto (km 140, margem esquerda); ribeirão Palmeiras (km 133, margem direita); ribeirão Dois Córregos e Córrego da Figueira, (km 128, margem esquerda); ribeirão Piracicamirim, (km 123, margem esquerda), também grande poluidor do rio Piracicaba; ribeirão Itapeva, (km 121, margem esquerda), um histórico foco de imundícies; ribeirão Enxofre (km 118, margem esquerda); ribeirão Guamium (km 114, margem direita); rio Corumbataí, (km 113, margem direita), que é o maior afluente do Piracicaba; ribeirão dos Marins (km 108, margem esquerda); ribeirão Araquá (km 79, margem direita); ribeirão Samambaia (km 75, margem direita); ribeirão do Meio (km 61, margem direita) e ribeirão Vermelho (km 54, margem direita).

Acidentes e ilhas

O rio Piracicaba apresenta diversos acidentes como corredeiras, cachoeiras e o principal deles que é o Salto do Piracicaba. A primeira corredeira fica no km 175, nas proximidades das pontes da Rodovia Anhanguera. Logo em seguida, há as duas cachoeiras de Carioba (km 171), a Cachoeira dos Patos próxima da cidade de Santa Bárbara d’Oeste (km 160), a Cachoeira do Funil (perto de Iracemápolis, km 157) e, finalmente, o Salto de Piracicaba. Após o Salto há apenas algumas corredeiras como as do Enxofre, do Mirim, do Guaçu, do Canal Torto, do Limoeiro. O rio Piracicaba possui cinco ilhas. Próximo do salto, as Ilhas dos Amores e dos Namorados, a do Conceição (km 118); a Ilha do Funil (km 157), em Santa Bárbara d’Oeste; a Ilha das Flechas (km 102), a Ilha da Pedra Preta (km 9), próxima da foz do Piracicaba.

[Estes conteúdo e imagem foram retirados do livro “Piracicaba, um rio de passou em nossa vida”, de Cecílio Elias Netto. Saiba mais sobre esta e outras obras publicadas pelo ICEN.]

1 comentário

  1. José Armando Furlani Júnior em 23/07/2021 às 16:22

    Me recordo de meu pai falar que na Ponte Irmãos Rebouças havia uma escada que descia até as Ilhas dos Amores e dos Namorados.

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