Bondes, orgulho e romance

*Artigo e fotos/imagens retirados do livro “Piracicaba que amamos tanto”, de Cecílio Elias Netto.

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A primeira tentativa de se introduzir bondes em Piracicaba ocorreu em 1890. O transporte seria movido à tração animal. A concessão foi feita a Antônio Egídio do Amaral, quando a população se queixava de carroções de bois trafegando pelo centro da cidade.

Apenas em 1916, o bonde chegou, para euforia dos piracicabanos que viam realizar-se outro de seus sonhos. A viúva de Luiz de Queiroz, Ermelinda – detentora da Electrica de Piracicaba – cedeu os direitos de exploração, geração e distribuição de energia elétrica à “Britannica South Brazil Electric Co”. No dia 16 de janeiro daquele ano, o serviço foi inaugurado, com bênção do Cônego Rosa. Piracicaba passava a ser uma das raras cidades do interior paulista a “ter bondes”.

Mais do que meios de transporte coletivo, os bondes tornaram-se parte do cotidiano de Piracicaba.

“Passear de bonde”, “andar de bonde” eram um prazer permanente. E, ao tilintar do veículo – com a simpatia de motorneiros e cobradores – surgiram ou consolidaram-se romances de jovens de uma longa época.

O ponto de partida dos bondes era na rua 15 de Novembro, atrás da atual Catedral de Santo Antônio.

Três linhas – para Vila Rezende, Estação da Paulista e ESALQ – atenderam a população até 1969 quando, em despedida triste, Piracicaba viu encerrar-se aquele serviço.

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