Mário Pastelão: educação em primeiro lugar (2 – final)

marca 100 anos japoneses

Essa preocupação com a educação, rende frutos até os dias de hoje. De acordo com uma pesquisa feita pela USP e UNESP, os nipo-brasileiros, que são 1,2% da população da cidade de São Paulo, representam 4% dos inscritos no vestibular e cerca de 15% dos aprovados.

Nas carreiras mais concorridas, como Medicina e Engenharia, eles chegam a representar, em média, 15% e 20% dos estudantes matriculados, respectivamente. Segundo dados do IBGE, 28% dos nipo-brasileiros possuem o ensino superior completo, enquanto a média nacional de jovens está em aproximadamente 8%. O bom desempenho desses estudantes deve-se ao fato de os japoneses carregarem valores como a disciplina, o respeito à hierarquia, o esforço e a dedicação, além do sentimento de que a melhor maneira de ascender economicamente é por meio da educação.

A escola era uma das principais instituições em comunidades japonesas agrícolas. O nissei devia receber educação japonesa, para ser um japonês. A escola, portanto, cumpria o papel de formar o nissei segundo os preceitos da educação japonesa, informá-los sobre o Japão e transmitir disciplina (o governo japonês também enviava fiscais para observar a situação das colônias, além de aconselhar as comunidades em seus afazeres e ensino nas escolas).

Segundo dados da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, em relação aos imigrantes que desembarcaram no Porto de Santos entre 1908 e 1932, maiores de 12 anos, a taxa de pessoas alfabetizadas era de 89,9% entre os japoneses; 71,36% entre italianos e 51,7% entre os portugueses.

Em Piracicaba, as famílias japonesas nunca pouparam esforços para a educação dos filhos, e um dos maiores orgulhos são os diplomas universitários, em escolas de alto nível, em diversas profissões, obtidos pelos seus descendentes.

Um fato pitoresco marcou as andanças de Mario por Piracicaba. Obteve brevê de piloto e – em momentos de traquinagens, nada normais para um japonês – passava com o avião embaixo da ponte de ferro de Artêmis, assustando os pescadores, que chegavam até a pular do barco para a água. Inconformado, um deles o procurou para tirar tudo a limpo: queria, a todo custo, brigar com ele.

Kazuo Miazaki – nosso inesquecível Mário Japonês – foi um semeador de alegria e cantor da vida entre os piracicabanos

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[Estes conteúdo e imagem foram retirados do livro “Centenário da Migração Japonesa em Piracicaba”, de Cecílio Elias Netto, em co-autoria com Ronaldo Victoria e Arnaldo Branco Filho. Saiba mais sobre esta e outras obras publicadas pelo ICEN.]

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