Primeiro jornal: 1874
Como berço de pioneiros e visionários, Piracicaba parece resultado de um desígnio especial. Aqui, nascem e, aqui, se instalam figuras exponenciais da nacionalidade. Piracicaba, também berço do jornalismo. Pois o primeiro jornal do Estado de São Paulo – o “Farol Paulistano” – foi criado e implantado pelo Marquês de Monte Alegre, José da Costa Carvalho, português residente em Piracicaba, criador do parque industrial de Monte Alegre e, também, regente do Império. Foi em 1827. Um sonho de Costa Carvalho, um dos mais poderosos e influentes políticos de sua época.
E um outro visionário – intelectual de nomeada, jurista, autor do poema “Piracicaba”, no qual vislumbrou a “Noiva da Colina” – Brasílio Machado, criou, com Andrade Coelho, o primeiro jornal de nossa terra: “Piracicaba”, quando o nome era, ainda, Vila Nova da Constituição. Foi no dia 4 de julho de 1874.
Em 1876, em comemoração ao Centenário da Independência dos Estados Unidos – e por ocasião da histórica Exposição da Filadélfia – apresentou, naquele país, uma edição, em inglês, do jornal “Piracicaba”. Brasílio Machado foi criador e primeiro presidente da Academia Paulista de Letras, onde ocupou a cadeira nº 1.
A imprensa piracicabana foi, desde o Século XIX, ativa e diversa. Em 1900 – quando nasceu o atual “Jornal de Piracicaba” – circulavam a “Gazeta de Piracicaba”, fundado em 1882, os jornais “O Popular”, “A Aurora”, “O Brasileiro”, “O Holophote”, circulando, ainda, importantes jornais paulistanos e brasileiros, tais como “O Estado de São Paulo”, “Diário Popular”, “Jornal do Brasil”, “Jornal do Commercio”, “A Gazeta”, além de publicações espanholas e italianas.
Esses são artigo e foto retirados do livro “Piracicaba que amamos tanto”, de Cecílio Elias Netto. Saiba mais sobre a obra.