Miguelzinho, o início de tudo

*Artigo e fotos/imagens  retirados do livro “ Piracicaba, a Florença Brasileira – Belas Artes Piracicabanas”, de Cecílio Elias Netto.

Belas Artes Piracicabanas

miguelzinho-dutra

 

(Imagem superior à esquerda) – A primeira arte que se dá conta na história de Piracicaba antecede à sua fundação, em 1767. Peças e inscrições foram descobertas por arqueólogos no chamado cemitério dos índios (paiaguá), calcula-se com mais de 1500 anos, como a igaçaba encontrada próximo à Ilha das Flechas. Trata-se de uma urna funerária, trabalhada em cerâmica e pedra, pintada com tintas naturais, de preparação própria (emulsão de argila branca, terra vermelha e barro preto em mistura com cera de abelha cabocla). Uma delicada barra ornamental, com filetes pretos sobre fundo branco, ao alto da igaçaba, completa a decoração. (Acervo Museu Prudente de Moraes/ Foto: Cynthia da Rocha)

(Imagem superior à direita) – 1851 – A obra Cidade de Itu, óleo sobre cartão, é a pintura mais antiga de Miguelzinho Dutra entre as guardadas em Piracicaba. Faz parte do acervo do Museu Histórico Presidente Prudente de Moraes. (Acervo Museu Prudente de Moraes/ Foto: Fabio Rubinato)

(Imagem inferior à esquerda) – 1767 – Uma ilustração com florões em tintas ocre e roxo-terra, obtidas de pigmentos de óxido amarelo de ferro das pedras do rio e da coloração vermelha da terra da cidade, presente na capa da ata de fundação da cidade, foi a primeira manifestação das artes plásticas de que se tem registro em Piracicaba. A arte foi feita por Frei Thomé de Jesus, na época capelão do povoado. (Acervo Cecílio Elias Netto)

(Imagem inferior à direita) – 1844 – Vindo de Itu, sua cidade natal, Miguel Archanjo Benício de Assumpção Dutra, o Miguelzinho, chega a Piracicaba, na época Vila Nova da Constituição. É o início das belas artes piracicabanas. Na cidade, o artista exerce múltiplas habilidades: foi escultor, pintor, ourives, músico, compositor, poeta e literato e também mostrou seus dotes de arquiteto, construtor, marceneiro e entalhador nas igrejas da cidade e região. (Miguelzinho retratado por seu bisneto Antonio de Pádua Dutra)

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