Uma universidade em 1910

ccrccA vocação de Piracicaba para a cultura e o conhecimento é congênita. Desde os colégios centenários, o cultivo às artes e à educação, num pioneirismo que, ainda agora, emociona. Em 1910 – em plena “belle époque” e antes do eclodir da Primeira Guerra – intelectuais piracicabanos criaram a Universidade Popular de Piracicaba. Era uma escola aberta ao povo, funcionando numa casa à Rua Governador (então Rua do Commercio), com a rua Prudente de Morais. No local, encontra-se – atualmente – a sede social do C.C.R.Cristóvão Colombo.

A Universidade Popular tornou-se o centro cultural, político, artístico de Piracicaba. Seu objetivo: popularizar tudo o que se ministrava nos cursos secundário e superior. E isso foi de tal forma significativo e notório que Piracicaba despertou a atenção nacional por grandes vultos que começaram a animar a cultura paulista e brasileira: Sud Mennucci, Thales de Andrade, Leo Vaz, Marcelino Ritter, Mário Neme, Brenno Ferraz do Amaral – que se tornaram redatores do jornal “O Estado de São Paulo”, uma elite intelectual que se tornou conhecida como “a geração piracicabana do Estadão”. E mais Pedro Krahenbuhll, Pedro Crem, Antoninho Pinto, Jacob Diehl Neto, Lydia de Rezende, Sebastião Nogueira de Lima e Fabiano Lozano, que seria responsável pela instituição do canto orfeônico nas escolas brasileiras. Essa geração faria Piracicaba se tornar conhecida como o “Bloomsbury Caipira”, em referência ao bairro de Bloomsbury, em Londres, onde Virgínia Woolf e outros intelectuais vieram a dinamizar a cultura e a arte londrinas.

Esses são artigo e foto retirados do livro “Piracicaba que amamos tanto”, de Cecílio Elias Netto. Saiba mais sobre a obra.

 

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