As bandeirinhas de Volpi ‘nasceram’ em Piracicaba

bandeiras Volpi

Bandeirinhas de Volpi, na Capela de São Pedro, em Monte Alegre. (foto: Fábio Rubinato)

Alfredo Volpi sempre, enquanto vivo, rejeitou o rótulo de pintor de ‘bandeirinhas’. Dizia que pintava composições geométricas (retângulos, quadrados, triângulos etc), cheias de linhas, formas e cores. Volpi tinha muito o quê dizer, mas, introspectivo, falava somente através de suas obras. E para entendê-las – até os dias atuais – somos obrigados a abraçar o desafio de ler suas imagens. Por trás de cada imagem, existem múltiplas interpretações, algumas de caráter pessoal (talvez, aí, o grande segredo do pintor, o de retratar em suas obras um pouco de seu interior, de seu passado).

Na Capela de São Pedro, em Monte Alegre, observa-se (num dos frisos, que ocupa toda a lateral da igreja) os primeiros indícios das ‘chamadas bandeirinhas’. Um elemento geométrico, em triângulo, que, mais tarde, se transformaria nas famosas bandeirinhas. As mesmas que sempre o acompanharam, desde sua infância, nas ruas do bairro da Aclimação, em São Paulo, onde admirava os balões, mastros e bandeiras nas festas de Santo António, São Pedro e São João; nas festas juninas de Itanhaém, onde residiu ao lado da mulher Judite; e, obviamente, durante sua estada no bairro de Monte Alegre, cujas fachadas das casas eram enfeitadas com bandeirinhas durante os meses de junho e julho. Nada mais justo, portanto, guardar – dentro da capelinha de Monte Alegre – um pouco de seus sonhos e paixão: o encantamento por bandeirinhas.

Para conhecer mais, acesse a TAG Igreja Monte Alegre.

 [Estes conteúdo e imagem foram retirados do livro “Piracicaba, a Florença Brasileira”, de Cecílio Elias Netto. Saiba mais sobre esta e outras obras publicadas pelo ICEN.]

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