Palhaço emocionante

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Bingo, o Rei das Manhãs

A pergunta que se faz a respeito de Bingo, o Rei das Manhãs, é a seguinte: será que tem chances no Oscar? O filme foi indicado pelo Brasil para concorrer ao prêmio, mas não sei se sua história pode interessar em nível mundial. Enfim, acho que o país nem deve se preocupar tanto com Oscar. O que importa é que o filme é muito bom.

Dirigido por Daniel Rezende, conta uma história inspirada na vida real de Arlindo Barreto, ator que fazia pornochanchadas e que de repente é contratado para viver um palhaço num programa infantil. Trata-se do Bozo, claro, mas houve proibição de citar o nome real.

Augusto, vivido com intensidade por Vladimir Brichta, faz enorme sucesso, mas uma cláusula contratual impede que seu rosto seja revelado. Ele se vê como uma celebridade desconhecida. É apenas um entre os vários conflitos do personagem, todos abordados com muita propriedade pelo roteiro. Ele é ídolo infantil mas não tem tempo para o filho, tem um casamento falido e no final virou pastor evangélico que pregava vestido de palhaço.

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