A Chácara do Vevé

Chacara Vevé

Vevé (José Dias) Botelho era um poderoso proprietário de terras, piracicabano com raízes ituanas, primo dos notáveis Carlos de Arruda Botelho, pai e filho. Sua aparência era simples, quase rude, contrariando o seu poder econômico. A Chácara do Vevé tinha a imagem de um paraíso proibido. Era próxima à Chácara Nazareth e sua entrada — também misteriosa — era pela rua Riachuelo com a atual rua Madre Cecília. Os muros escondiam segredos e maravilhas de um lugar fascinante, com mais de 60 mil m2.

Brincar naqueles espaços era privilégio para poucas crianças. E, então, viviam-se sonhos. Da sacada da bela casa — lugar de reuniões sociais e festas apenas familiares — ficam lembranças de visões mágicas, por assim dizer hipnóticas. Uma encosta toda verde que parecia estender-se até o rio, num silêncio apenas interrompido pelo monótono e distante mugir de gado. Foi um dos paraísos escondidos desta abençoada terra, agora transformado em condomínio. No Chácara do Vevé, o bucolismo era comovedor… As seculares raízes dos Botelho eram os inspirados atores. E nós apenas participantes…

[Estes conteúdo e imagem foram retirados do livro 250 Anos de Caipiracicabanidade”, de Cecílio Elias Netto, em co-autoria com Arnaldo Branco Filho e Marcelo Fuzeti Elias. Saiba mais sobre esta e outras obras publicadas pelo ICEN.]

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