Entre 1959 e 2013 – em que ponto erramos?

interrogação copyCenário 1:

Ano 1959:

Luiz, de sacanagem, quebra o farol de um carro, no seu bairro.

Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A partir daí, nem passa pela cabeça de Luiz fazer isso de novo. Luiz cresce normalmente, estuda na universidade e se transforma num profissional de sucesso.

 

Ano 2013:

Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinqüe e fica preso num presídio especial para adolescentes.

 

Cenário 2:

Ano 1959:

Victor cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo…

Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.

 

Ano 2013:

A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida…

 

Cenário 3:

Disciplina escolar

Ano 1959:

Fazíamos bagunça na classe… O professor nos dava uma boa reprimenda e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.

 

Ano 2013:

Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.

 

Cenário 4:

Horário de Verão.

Ano 1959:

Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.

 

Ano 2013:

Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece até celulite.

 

Cenário 5:

Fim das férias.

Ano 1959:

Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.

Ano 2013:

Depois de voltar de Cancun, numa viagem ‘all inclusive’, terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, “panic attack”, seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação…

 

Cenário 6:

Saúde.

Ano 1959:

Quando ficávamos doentes, íamos ao SANDU ou INPS aguardávamos 2 horas para sermos atendidos

sem reclamação, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.

 

Ano 2013:

Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.

 

Cenário 7:

Trabalho.

Ano 1959:

O funcionário era “pego” fazendo cera (fazendo nada). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.

 

Ano 2013:

O funcionário pego “desestressando” é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.

 

Cenário 8:

Assédio.

Ano 1959:

A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, faz charminho mas fica envaidecida, saem para jantar, namoram e se casam.

 

Ano 2013:

Ricardo admira as pernas da colega gostosona quando ela nem está olhando. Ela o processa por assédio sexual, ele é condenado a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia e proteção paga pelo estado… e fica solteirona.

 

Cenário 9:

Comportamento.

Ano 1959:

Homem fumar era bonito, ser homossexual era feio.

Ano 2013:

Homem fumar é feio, ser

homossexual é bonito.

 

Pergunta-se:

EM QUE MOMENTO FOI, ENTRE 1959 E 2011, QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE IMBECÍS?

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