Loja Maçônica, um projeto que emocionou
Localizado no início da Rua Rangel Pestana, próximo ao Rio Piracicaba e dentro do atual Parque da Rua do Porto, o novo edifício da Loja Maçônica veio consolidar o desejo de seus participantes no ano 1967/1968.
Como autor do projeto fiquei realmente emocionado e orgulhoso de ser o arquiteto escolhido para conceber, com total liberdade, o projeto do novo edifício maçônico, pois estava iniciando minha carreira. Até então, nunca tinha tido oportunidade de conhecer pessoas tão entusiasmadas com a ideia de construir um novo edifício. Era realmente contagiante.
A comissão criada e posteriormente presidida por Gelcio Diniz, com muita garra, fez um trabalho realmente extraordinário para tornar o projeto uma realidade. Lembro, ainda, da participação e entusiasmo de Carlos Molinari, Francisco Abdalla, Edival Fogaça, Célio Bigheti, Orlando Ponchio e Alvimar Duarte Grego.
O terreno doado pela Prefeitura, na gestão de Luciano Guidotti, em 1967, tem 2.773,40 m2, onde foi projetado e construído um edifício com 2.076,12 m2.
O projeto com três pavimentos, após muitos estudos junto à comissão, apresentou uma boa implantação do conjunto, com acessos e circulação interna bem resolvidos, como pode-se observar atualmente. O que realmente causou maior polêmica, na ocasião, foi a originalidade da fachada – um volume arquitetônico que caracterizou perfeitamente o destino do prédio, porém com linhas arquitetônicas ultra modernas para a época, e fugindo totalmente do tradicional estilo dos edifícios maçônicos.
A concepção final da obra arquitetônica, que recebeu no seu início grande colaboração do Comendador Mário Dedini, resolveu perfeitamente as exigências de funcionabilidade da Loja Maçônica com suas programações social e recreativa.