Ginger e Fred

Ginger Rogers e Fred Astaire

Quem curte cinema clássico, certamente já se encantou por Fred Astaire e Ginger Rogers, dupla que parecia deslizar na tela com seus números musicais encantadores. A dupla marcou época em dez filmes, realizados entre 1933 e 1949, e nunca foi esquecida.

Astaire, nascido em 1899 no Nebraska, começou no teatro musical ao lado da irmã Adele, nos anos 1920. Estreou nas telas grandes em 1933, em Dancing Lady, mas sua parceira era outra: Joan Crawford, que depois ficaria marcada como atriz dramática. Ginger nasceu como Virginia McMath no Missouri, em 1911, e estreou em 1930 em Hollywood, fazendo filmes até então de pouca expressão.

O primeiro encontro da dupla surgiu em Voando para o Rio, em que eles eram coadjuvantes, mas acabaram roubando a cena. Destaque para números em aviões e para a canção The Carioca.

No ano seguinte, eles surgiram já como astros em A Alegre Divorciada, responsável por imortalizar a canção Night and Day, de Cole Porter. Em Roberta, de 1935, eles não eram os astros, mas de novo chamaram a atenção. O filme teve uma ponta da então desconhecida Lucille Ball.

O Picolino, também de 1935, é considerado um dos melhores da dupla e tem uma das cenas mais lembradas: os dois dançando ao som de Cheek to Cheek. Nas Águas da Esquadra, de 1936, já não é um ponto alto dos dois, com Fred vivendo um marinheiro mas sem uma canção marcante.

Já Ritmo Louco, do mesmo ano, era o favorito de Ginger. Venceu o Oscar de melhor canção, por The Way You Look Tonight. Vamos Dançar?, de 1937, não foi muito bem avaliado, por ser considerado uma repetição dos filmes anteriores. Parecia que eles já estavam esgotando a fórmula…

Dance Comigo, de 1938, surgiu para dar novo fôlego, com o sensacional número Hypnotic Dance. No ano seguinte eles estrelaram A História de Vernon e Irene Castle, de tom mais dramático e contando um enredo biográfico. Só retornaram juntos dez anos depois, com Ciúme Sinal de Amor, o único em cores. Eles só se reuniram por que Judy Garland desistiu do papel.