Filmes catástrofe dos anos 70

Na década de 70, o público adorava ir ao cinema para sentir medo. Podia ser de um peixe assassino ou de incêndio em prédio. Haja adrenalina!

1 – TUBARÃO (1975), de Steven Spielberg

O jovem cineasta tinha feito apenas dois filmes quando recebeu a missão de comandar essa produção ambiciosa. Ele manteve o suspense, já que o predador demorou a surgir e o terror era sugerido. Spielberg estava inseguro quanto ao tubarão mecânico e temia que ele provocasse risos. Ao contrário, o efeito foi real.  Arrecadou dois bilhões e é considerado o primeiro blockbuster.

2 – INFERNO NA TORRE (1974), de John Guillermin

A direção foi dividida com Irwin Allen, o produtor, maior criador do gênero. A história é ambientada em San Francisco, na inauguração do maior prédio da cidade. A ganância foi a principal responsável pelo desastre. O vilão era o genro do proprietário, que usava material de segunda. Steve McQueen e Paul Newmann eram os mocinhos, o chefe dos bombeiros e o arquiteto.

3 – AEROPORTO (1970), de George Seaton

O roteiro foi inspirado num livro do especialista Arthur Hailey. O herói era Burt Lancaster, administrador do fictício aeroporto Lincoln, de Chicago. Ele tinha de lidar com uma nevasca e com a notícia de que havia um maluco com uma bomba em um voo. Helen Hayes ganhou o Oscar de coadjuvante como a velhinha penetra. Foi o inaugurador da tendência e teve três continuações.

4 – TERREMOTO (1974), de Mark Robson

Foi um acontecimento no Brasil, pois marcou a chegada do sistema sonoro Sensurround. A sensação era de tremor nas grandes salas da época. Baseado num livro de Mario Puzo, autor de O Poderoso Chefão. Charlton Heston era o engenheiro dividido entre a esposa e a amante. De repente, Los Angeles é sacudida por um enorme tremor de terra. Oscar de mixagem de som.

5 – O DESTINO DO POSEIDON (1972), de Ronald Neame

Tudo acontece a bordo do luxuoso transatlântico Poseidon (deus dos mares) numa noite de réveillon. A festa vira tragédia quando um terremoto submarino sacode a embarcação. Apenas dez passageiros conseguem sobreviver. E eles têm o desafio de chegar até o casco do navio, única maneira de sobreviver. Ganhou Oscar de efeitos visuais e para a melosa canção The Morning After.

6 – O DIRIGÍVEL HINDENBURG (1975), de Robert Wise.

Tem como ponto de partida um fato histórico: o incêndio do dirigível Hindenburg, marco do poderio nazista, em 6 de maio de 1937, durante viagem aos Estados Unidos. Mas a trama mistura realidade com teorias da conspiração. Conta que, duas semanas antes, vidente prevê a tragédia e um coronel americano é designado para investigar se havia risco de sabotagem.

7 – A TRAVESSIA DE CASSANDRA (1976), de George Pan Cosmatos

O produtor Carlo Ponti escalou sua mulher, Sophia Loren, para o principal papel, a fim de garantir a bilheteria. A história começa quando três terroristas suecos tentam explodir o prédio da Organização Mundial da Saúde em Genebra. Dois morrem, mas um sobrevive e consegue apanhar um trem que vai a Estocolmo. Só que ele está contaminado por um vírus mortal.

8 – JUGGERNAUT, INFERNO EM ALTO MAR (1974), de Richard Lester

A produção britânica foi comandada por um cineasta mais identificado com a comédia (conhecido pelos filmes dos Beatles). O roteiro fala sobre um maluco que ameaça explodir sete bombas num navio de luxo, o Britannic, que está em alto mar e com 1.200 passageiros. Foi inspirado num fato real, de 1972, quando um esquadrão anti-bombas desceu de pára-quedas num navio.

9 – PÂNICO NA MULTIDÃO (1976), de Larry Peerce

O vilão é o que hoje se chama lobo solitário, que age sem apoio de ninguém para provocar desgraças. O cenário é o estádio Coliseum Memorial de Los Angeles. O franco-atirador está na torre do placar eletrônico e ameaça disparar seu fuzil de mira telescópica a esmo entre as 91 mil pessoas que assistem à final do campeonato de futebol americano numa tarde de domingo.

10 – TERROR NA MONTANHA RUSSA (1977), de James Goldstone

Mantém sempre a tensão, apesar da história um tanto inverossímil. O pirado, interpretado por Joseph Bottoms, adora sabotar parque de diversões, principalmente (claro), a montanha-russa, e coloca nos trilhos bombas de fabricação caseira. Passa a ser perseguido pelo chefe de segurança do parque, vivido por George Segal, que enfrentou desastre em outro local.