O melhor de Billie Holiday

bilie

Google Image

A voz rascante de Billie, The Lady of Blues, continua seduzindo gerações. Ela interpretava cada canção como se morresse, nota por nota.

1 – SUMMERTIME

A canção faz parte da ópera Porgy and Bess. A letra é do romancista DuBose Heyward e a melodia do grande George Gershwin. Tem na partitura elementos da cultura afro-americana do sudeste dos Estados Unidos. Billie a interpretava com melancolia, depois Janis Joplin a regravou em tom de rock. É uma das músicas mais regravadas do mundo: 38.000 interpretações.

2 – STRANGE FRUIT

A música, uma das interpretações mais marcantes da cantora, é um protesto contra o racismo. A letra, um poema escrito pelo professor judeu Abel Meropool, narra a história de dois negros linchados no sul dos Estados Unidos. Billie conheceu a música em 1939, e por lembrar seu pai, logo quis gravá-la, mas a gravadora Columbia temia represálias. Virou um de seus clássicos.

3 – GOD BLESS THE CHILD

Billie compôs a música em parceria com um de seus maiores amigos, Arthur Herzog Jr., e a gravou em 1941. Logo tornou-se um de seus maiores sucessos. A letra tem toques autobiográficos e reflete o relacionamento complicado com a mãe. Aliás, ela escreveu durante uma briga. Está no Grammy Hall of Fame e foi colocada na lista das Canções Americanas do Século 20.

4 – DON’T EXPLAIN

A melodia é de seu amigo Arthur Herzog Jr. e a letra de Billie. Conta a lenda que a cantora a escreveu numa noite em que seu marido, Jimmy Monroe, apareceu certa noite em casa com marcas de batom no colarinho. Ela pediu para que ele nem se desse ao trabalho de explicar… Teve regravações de várias cantoras, incluindo Nina Simone, Oleta Addams e até Mariah Carey.

5 – GLOOMY SUNDAY

Composta em 1933 pelo húngaro Reszo Serees com o título original Szomorú Vazarnap, ganhou uma triste fama. Era chamada de “a canção húngaro do suicídio”, por causa da lenda urbana de que teria incentivado muita gente a se matar. Típica canção para cortar os pulsos… E Billie a interpretava sem deixar de esconder a tristeza da letra. Um de seus momentos mais marcantes.

6 – BODY AND SOUL

A música, criada em 1930 por Johnny Green e Edward Heyman, foi gravada primeiramente pelo saxofonista Coleman Hawkins. Na Inglaterra, quem a tornou famosa foi Gertrude Lawrence, que teria sido a inspiradora. Louis Armstrong também a inclui no repertório. Billie a regravou em 1940. Foi uma das gravações de Amy Winehouse, em 2011, ao lado de Tony Bennett.

7 – MY MAN

O título original da canção é Mon Homme, composta em 1920 pelo francês Jacques Charles. Foi apresentada pela primeira nos cassinos de Paris pela vedete Mistinguett. Depois teve versão das americanas Fanny Brice e Alice Faye. Billie a regravou nos anos 40, acrescentando toques jazzísticos e a tornou um dos grandes destaques de seu repertório.

8 – SOLITUDE

Foi gravada em1952, no disco de mesmo nome, marcando sua fase de renascimento no selo Verve, após vários problemas com drogas pesadas. A melodia é do grande Duke Ellington e a letra, assinada em dupla por Eddie De Lange e Irving Mills, mergulha na tristeza, sentimento que não era evitado por Billie em suas interpretações. Ela se identificava totalmente com a canção.

9 – LADY SINGS THE BLUES

A canção foi composta em 1956 pela própria Billie, em parceria com Herbie Nichols. Com o tempo, o título acabou se referindo a própria trajetória, batizando tanto seu livro autobiográfico, quanto um filme, lançado em 1972, sobre a vida dela, em que foi interpretada por Diana Ross. O título brasileiro foi O Ocaso de uma Estrela e acabou não fazendo sucesso no país.

10 – CRAZY HE CALLS ME

A gravação de Billie, da música escrita por Carl Sigman e Bob Russell, data de 1949, e destacou a fase de loucura da cantora, com seus amores complicados e a dependência química. Teve regravações de cantores de estilos diferentes como Nat King Cole e Rod Stewart. Gal Costa registrou uma versão em 1977, com letra de Augusto de Campos, e o título Louca me Chamam.

Deixe uma resposta