Filmes sobre prostituição

bela da tarde

A Bela da Tarde

Dez produções importantes que mergulharam com sensibilidade e realismo na “difícil vida fácil”.

1 – A BELA DA TARDE (1967), de Luis Buñuel

A personagem principal é Séverine, interpretada pela francesa Catherine Deneuve em seu melhor momento “loira gelada”. Ela é uma dona de casa infeliz no casamento que decide passar as tardes em um bordel. Lá realiza suas fantasias, descobre coisas que nunca imaginou, mas continua amando o marido, um médico, apesar de não ter prazer com ele.

2 – NOITES DE CABÍRIA (1957), de Federico Fellini

Cabíria (Giulietta Masina, esposa do diretor) é uma prostituta doce e ingênua, que acredita em todo mundo. Ela faz programas para sobreviver, mas vive sendo passada para trás por malandros cheios de lábia. A última cena, com aquele sorriso, é inesquecível. Caetano Veloso se inspirou nela para compor uma canção em homenagem à atriz; “aquela cara é o coração de Jesus”.

3 – PERDIDOS NA NOITE (1969), de John Schlesinger

Aqui quem se prostitui é um rapaz, Joe (Jon Voight), que acreditando ser irresistível para as mulheres, deixa seu emprego de lavador de pratos no Texas para ser michê em Nova York. Na cidade grande faz amizade com Ratso (Dustin Hoffman), um mendigo. Ganhou o Oscar de melhor filme, mesmo num momento em que a Academia preferia filmes com temas mais leves.

4 – MENINA BONITA (1978), de Louis Malle

Certamente esse filme não seria feito nos dias de hoje, por falar de pedofilia. Mesmo à época, provou polêmica ao contar a história de Violet (estreia de Brooke Shields), que vive num bordel e é obrigada a entrar na vida quando a mãe (Susan Sarandon) se casa. Então ela se envolve com um fotógrafo, vivido por Keith Carradine. A cena do leilão da virgem foi marcante.

5 – NUNCA AOS DOMINGOS (1960), de Jules Dassin

A comédia romântica de Jules Dassin ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes e tornou estrela sua mulher, Melina Mercouri, depois política na Grécia. Ela vive Ilya, uma prostituta de bom coração, que vive no porto grego de Pireu e, ao contrário das colegas, não depende do cafetão Sem Rosto. Um dia ela conhece um marinheiro americano que se apaixona por ela.

6 – PODEROSA AFRODITE (1995), de Woody Allen

Na comédia, Allen vive Lenny, que deseja saber a identidade da mãe biológica da criança que ele adotou. Descobre que ela é Linda (Mira Sorvino), uma prostituta simplória que gosta de sua profissão. Ele fica amigo da moça e até apresenta um rapaz para ela. Mas Linda tem seus mistérios… Mira Sorvino ganhou o Oscar de atriz coadjuvante por sua interpretação.

7 – LOS ANGELES CIDADE PROIBIDA (1997), de Curtis Hanson

Kim Basinger também ganhou o Oscar de atriz coadjuvante ao viver Lynn, garota que se parece com Verônica Lake e atua num bordel em que todas parecem estrelas de cinema. A trama policial mergulha no submundo do crime e mostra a corrupção policial. Russell Crowe, Guy Pearce e o hoje banido Kevin Spacey também tiveram destaque no elenco charmoso.

8 – CHARITY, MEU AMOR (1969), de Bob Fosse

Bob Fosse se inspirou justamente em Noites de Cabíria, de Fellini (cineasta por quem tinha paixão), para criar esse musical. A heroína, interpretada por Shirley MacLaine, procura sempre ver o lado bom da vida, apesar de trabalhar num salão de baile decadente. O musical foi montado há pouco tempo no Brasil, com Cláudia Raia no papel principal, e fez grande sucesso.

9 – GAROTOS DE PROGRAMA (1991), de Gus Van Sant

O filme acompanha a vida de Scott (Keanu Reeves) e Mike (o precocemente falecido River Phoenix), dois jovens prostitutos que moram nas ruas de Portland. Eles vivem à margem da sociedade, mas têm personalidades diferentes: enquanto Scott é rebelde, Mike tem sentimentos de amor pelo parceiro, mesmo que não confesse. Eles desejam ir juntos à Itália.

10 – A RUA DA VERGONHA (1956), de Kenji Mizoguchi

O clássico japonês é considerado um dos filmes que retratou com maior realismo a profissão. A história mostra a vida e os dramas de diversas prostitutas de que se encontra nos arredores de um famoso bordel de Tóquio. A Terra dos Sonhos, como era conhecida a casa, esconde várias histórias que são trazidas à luz. Mizoguchi tem uma visão humana e sem moralismo.

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