Ergue-se o gigante da praça – Edifício “Luiz de Queiroz” (1)
Nada mais acertado do que escolher o nome do maior pioneiro de Piracicaba para um edifício que também será pioneiro no arrojo de transformar a fisionomia urbana de nossa cidade.
Esse conjunto arquitetônico que a COMURBA está edificando, a passos decididos e largos, na Praça José Bonifácio, é, antes de tudo, um símbolo perfeito e eloquente de pioneirismo. Nele se concentram, de maneira admirável, as tradições positivas de um povo que sempre soube empenhar-se, com bravura, com inteligência e com fé, na luta pelo desenvolvimento, cultural e material de sua terra. Ele é o produto de uma das maiores conjugações de esforços dos piracicabanos para a realização de uma obra monumental.
Ele indica que aquele ardor visionário pelos empreendimentos arrojados — que fez de Luiz Vicente de Souza Queiroz o maior e mais atuante pioneiro de nosso progresso — continua vivo nos piracicabanos de hoje, impulsionando-os a novas lutas e novas conquistas para a grandeza do mesmo chão desbravado, com bravura heróica, pelo messiânico fundador de nossa indústria, de nossa energia elétrica e de nosso maior galardão de povo civilizado — a Escola Superior de Agricultura.
Por isso, repetimos, certa, certíssima e felicíssima também foi a iniciativa dos diretores da COMURBA em dar ao maior edifício de Piracicaba o nome do pioneiro Luiz de Queiroz, e, ainda mais, fazendo-o solenemente, no dia maior da cidade, o 1o de Agosto, e justamente quando os piracicabanos saldavam sua enorme dívida de gratidão, erigindo ao grande homem, na mesma Praça José Bonifácio, o simbólico monumento que o relembrará eternamente.
A fim de que se tenha uma concepção mais aproximada do que vai ser o Edifício “Luiz de Queiroz”, vamos reproduzir, aqui, dados que nos foram fornecidos pelo dr. Raul Coury, presidente da Comurba.
Será um belíssimo conjunto arquitetônico, abrangendo numerosa concentração de área para diversas finalidades: comercial, cinema, escritórios, residências. A disposição, porém, obedece à forma tão perfeita que dá absoluta independência às aludidas áreas que, conservando a necessária harmonia entre si, estabelecem a mais perfeita harmonia do todo.
No pavimento térreo, teremos as lojas, em número de 16, que dá para o passeio externo, se oferecerão para o passeio externo (passeio coberto por marquise protetora em toda a extensão do prédio) ou para a rua de circulação interna, que se desenvolverá em curva suave pelo interior do conjunto, ligando a Praça José Bonifácio à rua São José. Tais lojas terão altura de 5,80m, o que permitirá a disposição de mezaninos ocupando 1/3 da área das lojas. Destas, uma se destinará a Banco e outra, de forma ideal, acomodará uma sorveteria e bar, com a vantagem da colocação de mesas na calçada e em parte da galeria. A maior vantagem de que gozarão as lojas será a de servir a galeria para sala de espera para o cinema, de maneira que elas serão sempre visitadas por grande e selecionado público. As lojas ocuparão uma área de 1040m2 e os mezaninos 300m2.
(continua)
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[Texto publicado, originalmente, na “Revista Mirante”, que circulou em Piracicaba no final dos anos 1950 e início dos 60. A revista contou com Renato Wagner, como seu diretor, e Joaquim do Marco, como redator, ao lado de diversos colaboradores]