JK foi da primeira turma da Academia Piracicabana de Letras (1)

JK

Ex-presidente Juscelino Kubitschek. (imagem: google)

A ideia da criação da Academia Piracicabana de Letras surgiu, inicialmente, nos anos 60, na Livraria Pilão (então, instalada na Galeria Gianetti), de propriedade de João Chiarini. A criação da Academia veio a se consolidar em 1970, com o apoio do jornal “0 Diário”, em cujas instalações se redigiu o esboço do primeiro estatuto. Inicialmente, a Academia Piracicabana de Letras não deveria seguir os moldes tradicionais das academias congêneres, sendo idealizada mais como uma entidade de estudos literários e artísticos, aberta especialmente aos jovens talentos piracicabanos.

Em 1970, a Academia de Letras já estava em funcionamento, com outra perspectiva, criando-se a figura do acadêmico com seus patronos. O memorialista Haldumont Nobre Ferraz esboçou um levantamento histórico dos principais acontecimentos da Academia Piracicabana de Letras, de 1972 a 1986. Um dos detalhes importantes está no fato, resgatado por Haldumont Nobre Ferraz, de Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex-presidente do Brasil e com os seus direitos políticos cassados naquela oportunidade, ter sido da primeira turma de acadêmicos de Piracicaba, tendo escolhido como patrono a poeta Cecília Meirelles.

A seguir, trechos do estudo de Haldumont Nobre Ferraz.

A criação da APL

“Não obstante o fato de haver realizado a sua primeira Sessão Magna somente em 1972 (a 11 de Março), a Academia Piracicabana de Letras começou a sua existência dois anos antes. Criada pelo intelectual João Chiarini, eminente folclorista, professor e advogado, com objetivos os mais nobres que caracterizam as Academias de Letras, porém com especial ênfase ao estímulo e apoio aos jovens à produção literária.”

Segundo Haldumont Nobre Ferraz, João Chiarini assinalava: “Os velhos escritores piracicabanos, como Francisco Lagreca, Sud Mennucci, José de Oliveira Alcântara Machado (que foi presidente da Academia Brasileira de Letras), Mário Neme, Hildebrando Magalhães, morriam e seus nomes caíam no esquecimento. Nomes de ruas, todos, de todas as origens; nunca os de escritores piracicabanos.”

Prossegue Haldumont Nobre Ferraz: “Efetivamente, os objetivos da Academia Piracicabana de Letras foram cumpridos nestes anos todos. Já em 1970, fazia o lançamento de autores novos. Carlos Moraes Júnior e Silvio Ferraz de Arruda foram os primeiros. Hoje, passados 16 anos (o trabalho foi feito em 1986) mais de três centenas de autores já foram lançados pela APL, destacando Piracicaba pelo alto percentual de festejados poetas, graças ao trabalho desenvolvido pela Academia, estimulando-os e editando suas obras.

“Além de edições de poesias, também as de contos, ensaios e romances, como os de Cecílio Elias Netto e Waldemar Iglésias Fernandes. Lançamentos em Piracicaba e fora daqui, inclusive na União Brasileira de Escritores, seção de São Paulo. Entre as suas promoções de maior amplitude, a APL realizou em 1976 um Concurso Nacional de Poesia, registrando a seleção de 426 concorrentes, de 83 cidades e de outros Estados, certame que apresentou o sistema de julgamento coletivo, com debates precedendo a declaração de voto.”

(continua)

Para conhecer o artigo completo, acesse a TAG JK e Academia Letras.

Deixe uma resposta