No século 19, Gatti, sapateiro

A família Gatti é uma das mais tradicionais no comércio piracicabano. Ainda hoje, a Relojoaria e Óptica Gatti, na esquina das ruas Governador Pedro de Toledo e Moraes Barros, mantém uma sucessão familiar de serviços e de atendimentos. É, neste 2006, naquele local, uma das memórias do velho centro, que foi, a pouco e pouco, perdendo os antigos comerciantes, entre eles casas como A Porta Larga, Casa Peu, Céu Cor de Rosa, Vesúvio, tantos outros.

O nome Gatti, no entanto, é uma “griffe” de mais de 100 anos, ainda que não se saiba de parentescos entre o Gatti do século XIX e a família Gatti de nossos tempos. Havia, no final dos 1800 – conforme registros no “Almanak de Piracicaba de 1900” – os serviços da “Sapataria do Commercio”, oferecidos pelo sapateiro Miguel Gatti. O número da casa comercial era 101, na mesma então Rua do Commercio, atualmente Governador Pedro de Toledo.

Quais os laços familiares? Rodolpho Gatti, atual proprietário da Relojoaria Gatti, informa não ter maiores referências. Mas a correlação entre os nomes permite vislumbrar fortes indícios, pois o pai de Rodolpho, de quem ele é um dos herdeiros, era o querido, ativo e popular Lico GAtti, na verdade Paschoal Miguel Gatti. Naquele estabelecimento comercial, Rodolpho Gatti mantém fotos belíssimas dos tempos antigos da relojoaria que é testemunho de um tempo naquela esquina importante e estratégica. Que valha como registro para observação dos historiadores.

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