ICB permanece em alta

O preço médio da Cesta Básica de Piracicaba ICB – ESALQ/FEALQ, calculado pela Empresa Júnior de Economia e Administração (EJEA), para o mês de setembro, aumentou 0,15% em relação ao mês anterior, passando de R$ 581,60 para R$ 582,46.

A categoria Alimentos subiu 0,20%, passando de R$ 470,74 para R$ 471,67. A categoria Limpeza Doméstica aumentou 0,69%, passando de R$ 55,35 para R$ 55,73. A categoria Higiene apresentou queda de 0,82%, passando de R$ 55,51 para R$ 55,06. Os produtos com destaque nesta análise são o frango, a batata e o feijão.

O preço médio do frango variou 4,64%, passando de R$ 5,51 para R$ 5,77/kg.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), essa tendência foi causada pela retração da oferta do frango provocada por uma queda na produção, e pelo aquecimento recente nas exportações, que reduzem a disponibilidade da carne no mercado interno. A mesma fonte informa ainda que o aumento do preço do frango em setembro também está atrelado ao impulso nos preços da carne bovina no mês.

Neste mês, o preço médio da batata diminuiu 23,80%, passando de R$ 4,33 para R$ 3,30/kg. Segundo o portal Hortifruti Brasil, houve aumento da produtividade nesta safra e a colheita está no auge, atingindo cerca de 70% da área. O aumento da produtividade é resultado das condições climáticas favoráveis, com temperaturas amenas e chuvas em boa proporção. Com isso, ocorreu o aumento da oferta, impulsionada pelo clima favorável dos últimos meses, gerando a queda de preço do produto. A qualidade da batata desta safra tem sido boa, em razão da baixa incidência de pragas e doenças. Para outubro, existe a expectativa de que os preços subam, pois boa parte da safra de inverno já terá sido comercializada.

O preço médio do feijão caiu 4,33% passando de R$ 11,29 para R$ 10,81/kg. Segundo Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão), tal queda no preço do produto está diretamente relacionada ao aumento da oferta de outras variedades graças à importação de 60 mil toneladas de feijão preto e rejado, os quais se tornaram opção para os consumidores devido ao elevado preço do feijão-carioca. Essa queda na demanda por feijão-carioca associada a uma boa colheita deste que ocorreu no mês de setembro fizeram com que o preço do feijão-carioca caísse.

A relação entre o preço do ICB-ESALQ/FEALQ e o valor do salário mínimo acompanhou a alta da cesta, passando de 66,09% em agosto para 66,19% em setembro, aumentando 0,15%.

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