A saúde da mulher aos 20, 30 e 40 anos

Pensando no Dia da Mulher, a ginecologista Bárbara Murayama cita abaixo as maneiras de tratar algumas doenças e/ou problemas que costumam atingir a mulher em diferentes faixas etárias. Vale a pena ficar atentar:

20 anos…

De acordo com a médica, os 20 anos é uma fase da vida em que a mulher é, muitas vezes, mais impulsiva, e esse tipo de atitude pode trazer alguns problemas. “A gravidez indesejável é apenas um entre tantos problemas gerados pelas relações sexuais sem o uso de preservativos. Pior ainda são os casos, em que mesmo com o uso da camisinha, o sexo não é totalmente seguro. Aí a mulher precisa estar bem informada para saber como proceder”, afirma.

Hora de decidir: tomar ou não a vacina contra HPV?

Infelizmente, o uso de camisinha não é totalmente eficiente contra o HPV- que, em estágio mais avançado, causa câncer de colo de útero.

De acordo com Bárbara Murayama, são mais de duzentos tipos de HPV e a incidência é bem frequente: de cada 100 indivíduos sexualmente ativos, 75 adquirem o HPV. Vale ressaltar que a vacina mais potente só previne quatro tipos mais frequentes.

TPM: você tem ou não?

São muitos os sintomas da TPM e várias mulheres não dão importância às alterações que podem comprometer seus relacionamentos pessoais e profissionais. Mas a tensão pré-menstrual tem tratamento e traz uma melhora significativa para a qualidade de vida, por isso é importante observar com atenção suas reações e falar sobre elas com seu médico.

30 anos…

Aos 30 anos a mulher está amadurecendo e o instinto materno fica ainda mais aflorado. Nos dias de hoje, a chamada “mulher moderna” prioriza a carreira, o sucesso e é, na virada dos 30, que ela costuma sentir a pressão do relógio biológico. “Com ou sem um companheiro, é bom ir ao médico para ter certeza de que o útero e os ovários estão prontos para gerar um filho. Hoje há a opção de congelamento de óvulos, que pode ser uma boa solução para quem quer deixar os filhos para o futuro”, destaca a médica Bárbara.

A ginecologista aponta ainda dois problemas muito comuns para essa faixa etária:

Endometriose

Se a mulher tem muita cólica, dor nas relações, pode ser Endometriose – uma doença difícil de diagnosticar.

Por isso, em causa de cólicas excessivas e dores na relação sexual, não hesite em procurar um(a) médico(a).

Mioma

À medida que os anos passam é mais frequente o surgimento de Miomas.

A médica explica que os miomas são tumores benignos que também podem causar sangramento intenso e cólica. Outros sintomas? Inchaço e dor durante a relação sexual.

40 anos…

A partir dos 40 anos, a preocupação com o envelhecimento costuma ficar mais forte e a maioria das mulheres começa uma corrida em busca dos melhores tratamentos estéticos. Podem se tornar ávidas consumidoras de produtos e cosméticos contra rugas e outras marcas do tempo…

“O problema é que muitas mulheres dão prioridade à estética e se descuidam com outros órgãos e partes do corpo”, afirma a ginecologista Barbara.

Entre as partes do corpo que mais merecem cuidado da mulher aos 40 estão:

Mamas: muito mais do que a estética, a preocupação do ginecologista é com a saúde das mamas. A partir dos 40 é hora de prestar ainda mais atenção na anatomia dos seios. “A mamografia começa a fazer parte dos exames de rotina. E não custa nada fazer o autoexame todos os meses após a menstruação”, alerta a médica.

Ossos: a perda óssea faz parte do processo de envelhecimento e o ginecologista, a partir dos 40, pode começar a pensar em pedir a densitometria óssea para monitorar essa evolução. Esse exame certamente fará parte da rotina depois da menopausa. ” Já se sabe, hoje, que a atividade física, aliada à alimentação rica em cálcio e banhos de sol antes das 10 e após as 16h são uma boa forma de retardar a perda óssea. Portanto, nada de sedentarismo! Aliás essa é uma recomendação para as mulheres de todas as idades”, conclui Barbara Murayama.

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