Neste mês de “Setembro Amarelo”, romance que aborda suicídio é lançado

Atualmente, temas como depressão, crises de ansiedade e suicídio deixam de ser assunto “velado” em nossa sociedade para ocuparem lugar de destaque, em busca de identificar, diagnosticar e ajudar pessoas que sofrem desses transtornos. É neste contexto que o primeiro romance do autor M.D.Mocatino, “O monólogo de mim mesmo”, está sendo lançado oficialmente neste mês – de encontro à campanha “Setembro Amarelo”, que conscientiza sobre a prevenção do suicídio no Brasil.

Após ter seu lançamento adiado por conta da pandemia, o romance já se encontra disponível, em versão impressa ou digital, nos principais marketplaces e livrarias.

O livro narra, de forma existencialista, a história de um garoto em crise, após receber uma misteriosa carta de suicídio do seu melhor amigo. “Meu intuito, ao escrever a obra, sempre foi o de repartir e deixar uma mensagem positiva para jovens e pessoas vivenciando situações e sentimentos semelhantes aos dos personagens”, conta o autor, que sofreu, em mais de uma ocasião, a perda de amigos próximos em decorrência do suicídio.

“O monólogo de mim mesmo” é um livro de ficção com 278 páginas, sendo classificado como romance de formação, gênero que se consagrou em obras como O apanhador no campo de centeio (J.D. Salinger), David Copperfield (Charles Dickens), e Norwegian Wood (Haruki Murakami).

Trata-se de um romance narrado, em sua maior parte, por seu protagonista. A obra possui particularidades interessantes, como o fato de nenhum dos personagens ter nome próprio, além de enigmas, referências musicais e influências, que vão de Nietzsche a Kurt Cobain. A história surpreende os leitores em seu desfecho, deixando no ar uma atmosfera repleta de personagens esquisitos, que semeiam questionamentos, empatia e aceitação em diferentes sentidos.

Suicídio, dados alarmantes

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram dessa causa, ou seja, uma em cada 100 mortes, o que levou a OMS a produzir novas orientações para ajudar os países na prevenção do suicídio.

Conforme a entidade, o Brasil está em oitavo dentre os países com maior número de suicídios, atrás de Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Paquistão. Cerca de 12 mil brasileiros tiram a própria vida por ano, o que representa quase 6% da população, colocando essa como a 3ª causa de morte entre jovens brasileiros de 15 a 29 anos, com incidência maior no sexo masculino.

“A pessoa numa crise suicida é altamente ambivalente e, em geral, não quer exatamente morrer, mas por fim a um sofrimento insuportável”, diz o psiquiatra José Manoel Bertolote.

Sobre o autor

M.D Mocatino cresceu em Ilha Solteira, ao lado de sua irmã mais nova e sua mãe, uma professora infantil, que criou seus filhos sozinha após o pai se afastar da família. Aos treze anos de idade, começou a trabalhar como ajudante em um pequeno jornal que lhe concedeu a oportunidade de publicar seu primeiro artigo. Após envolver-se em alguns conflitos nesta nova cidade e ser expulso da escola, sua mãe decidiu enviá-lo para morar com seus tios, novamente em sua antiga cidade.

Nessa época, aos quinze anos, ele produziu um minidocumentário chamado “Jovens e Confusos” que acabou sendo premiado no festival de cinema “Mapa Cultural Paulista”.

Ao completar dezessete anos e concluir o colegial, M.D Mocatino mudou-se para cursar a universidade em Piracicaba. Durante esse período, ele fundou uma associação de artistas independentes, escreveu para fanzines e começou a estagiar no semanário “A Província” – depois transformado neste website. O tradicional jornal da cidade lhe ofereceu a oportunidade de continuar publicando seus artigos. Lá, ele iniciou uma grande amizade com seu fundador, Cecílio Elias Netto, que estimulou sua paixão pela escrita e o incentivou a começar a escrever o seu primeiro romance. Após formar-se como Bacharel em Comunicação, ele mudou-se, a trabalho, para São Paulo, escrevendo em seu tempo livre durante alguns anos, até finalmente publicar este seu primeiro romance.

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O autor de “O monólogo de mim mesmo”, M.D Mocatino em visita ao escritor e jornalista Cecílio Elias Netto – com quem trabalhou no semanário “A Província”.

Serviço

Monólogo de mim mesmo
O romance está disponível, em versão impressa e digital, nos principais marketplaces e livrarias.

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