Carmen Miranda, a Pequena Notável

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A cara do Brasil, Carmen Miranda nasceu em Portugal, na cidade de Marco de Canaveses, em 9 de fevereiro de 1909. Mas com apenas um ano de idade veio para cá, junto com a mãe, Maria Emília, e a irmã, Olinda. O pai, o barbeiro José Maria, já trabalhava no Rio de Janeiro.

Carmen foi criada no bairro da Lapa, hoje região boêmia carioca. Estudou em colégio de freiras, mas aos 15 anos largou os estudos para trabalhar na loja La Femme Chic, uma confecção de chapéus localizada no Centro da cidade. Lá ela estudou moda e aprendeu a costurar, tomando gosto pelos turbantes que mais tarde seriam uma de suas marcas registradas.

Já sonhava em ser cantora e atriz, e se apresentava em festas. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que logo a levou para se apresentar em teatros e clubes. Gravou seu primeiro disco, com as músicas Triste Jandaia e Iaiá, Ioiô. O primeiro sucesso popular veio no mesmo ano: Taí, de Joubert de Carvalho. No ano seguinte, fez sua primeira turnê internacional, para a Argentina.

Logo era a estrela principal do Cassino da Urca. Em 1936, estreia no cinema, na comédia musical Alô Alô Carnaval, ao lado da irmã, Aurora. Em 1939, fez sucesso no filme Banana da Terra, onde cantou O Que é Que a Baiana Tem. Aí já começou a se apresentar com as roupas que a tornaram um ícone: saia rodada, altos tamancos (para disfarçar a baixa estatura, que lhe rendeu o apelido de A Pequena Notável).

No mesmo ano, foi convidada pelo empresário americano Lee Schubert para o show The Streets of Paris, que estrearia na Broadway. Fez grande sucesso e projetou seu nome em nível mundial. Passou a ser conhecida como The Brazilian Bombshell.

Virou estrela de Hollywood, estreando em 1940 com a comédia Serenata Tropical. Ao mesmo tempo, começou a ser criticada no Brasil, onde se dizia que seu êxito era apenas uma consequência da política de boa vizinhança do Tio Sam com seus parceiros latino-americanos. É dessa época a gravação de Disseram que eu Voltei Americanizada, espécie de resposta aos haters da época.

Ficou muito tempo sem voltar ao país, só reaparecendo em 1954 para rever a família. Sofrendo, ficou internada quatro meses para desintoxicação. Apesar da carreira fulgurante, sua vida pessoal andava aos frangalhos, por conta de um casamento fracassado com o americano David Sebastian. Ao retornar a Los Angeles, ia se apresentar no show de televisão de Jimmy Durante, mas desmaiou nos intervalos. No dia seguinte, 5 de agosto de 1955, foi encontrada morta em seu quarto, vitimada por um ataque cardíaco fulminante. Seu enterro no Brasil contou com uma multidão. Até hoje é lembrada e influenciou artistas de várias gerações.

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