Amarelão: problema também na velha Piracicaba

A se considerar as estatísticas do Serviço Médico Rural de 1951, não restam dúvidas de que o amarelão, a doença popularizada pelo Jeca Tatu , era o maior dos males também ao redor de Piracicaba. Criado pelo prefeito Luiz Dias Gonzaga, inicialmente com 12 postos de atendimento, o Serviço Médico Rural foi ampliado pelo seu sucessor, Samuel de Castro Neves. Além do atendimento médico, garantia também a assistência odontológica, com o Estado garantindo o salário dos profissionais empregados.

Em 1951, foram 15.711 comparecimentos de doentes, 5.697 consultas médicas, 5.816 exames de fezes, ministração de 10.290 doses de vermífugos e distribuição de 275.572 comprimidos de ferruginosos. A gravidade do problema pode ser comprovada pela estatística de apenas uma semana, em dezembro de 1951. Dos 102 exames de fezes realizados, houve resultado positivo para verminoses em 90. Das 187 consultas, 174 eram de atendimento justamente aos portadores das verminoses: 8 crianças, 23 em idade pré-escolar, 43 escolares, 100 adultos. Neste mesmo período, eram apontados apenas 5 pacientes de amarelão já curados.

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