Incêndio sem bombeiros: ajuda veio de Campinas

Corria o ano de 1935. Por volta de meia noite, os sinos das igrejas repicaram com força. Um foco de incêndio se iniciara em prédio ao lado da atual Praça José Bonifácio, onde se achava instalado o Centro Agrícola Luiz de Queiroz.

O fogo foi descrito como altamente perigoso, com um agravante. A cidade não possuía recursos a não ser a boa vontade da população e uma bomba extintora de incêndio que acabou sendo cedida pelo Engenho Central.

Assim que o alarme foi dado, solicitou-se a ajuda do Corpo de Bombeiros de Campinas que, entretanto, somente chegou a Piracicaba por volta das 3:30 horas da madrugada.

Com o crescimento das chamas, a Pensão Velho, que ficava ao lado do prédio, foi esvaziada às pressas, com os moradores atirando móveis e roupas na rua. Mas houve outras complicações. Outro prédio vizinho abrigava o Cartório do 2º Ofício, cujos arquivos tiveram que ser transferidos às pressas, ainda durante o incêndio para o Fórum. Um outro vizinho, o prédio que abrigava o Banco Comercial, fez com que funcionários, apesar do perigo, trancassem toda a documentação nos cofres.

Segundo os jornais locais, o fogo foi debelado pelos guardas da cadeia e do quartel “que subiram por escadas, ao alto dos prédios, acompanhados por populares”.

Ficaram feridos, entre eles, José Parsia, o Prof. Ary Camponês do Brasil e o dentista Bruno Ferraioli, este com mais gravidade.

O incêndio deu início a uma ampla movimentação local para instalação de uma unidade de bombeiros.

 

 

 

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