Mirante do Salto

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É bem possível que o “Mirante do Salto” tenha sido construído no final do século XIX. Algumas telas ingênuas trazem-no. Fotos, também. Mas ambas não fixaram as datas em que foram concretizadas. A gente chegava a ele através da Avenida dos Bambus (hoje, Maurice Allain). Havia uma entrada ao meio de toda a sua extensão, que ia da “Ponte” à entrada do “Engenho Central”.

O córrego (do Engenho) era ultrapassado por uma ponte toda assoalhada. O “Mirante” estava ali. Forante a cúpula, que se vê na foto e toda de Flandres, havia um barzinho e o observatório. Isso no primeiro pavimento. Uma escada à direita e pelos fundos levava os visitantes ao segundo. Aqui havia uma saleta, onde se guardava o material de limpeza. Outra escada, à esquerda, levava abaixo do Salto, onde começavam as primeiras ondas, com fortes evaporações.

Era muito comum organizarem-se pique-niques, que vinham de outras cidades. Chegavam à “Estação da Paulista”, apanhavam o bonde até ao centro e daqui utilizavam-se da Vila Rezende. Ao regresso agiam de igual maneira.

Entre as décadas (1911/1920 e 1921/1930) os caipiracicabanos efetuavam convescotes no local e ao longo dos passeios à direita, até ao canal do “Véu da Noiva”.

Em 1941 (Governo José Vizioli) cravaram na Ação de Posse do terreno do lado esquerdo do “Mirante”, no sentido de quem o vê pelos fundos. Foi uma guerra! O advogado acionário foi Jacob Diehl Netto. A Prefeitura pagou o terreno.

No mandato de Francisco Salgot Castillon deu-se uma reforma total, com a canalização do “Canal do Engenho”; a demolição do “Mirante”; as construções dos novos prédios; o painel (de Clemência Pizzigatti); o mosaicamento dos caminhos; a rearborização. Hoje, está moribundo!

[Para conhecer outros textos de João Chiarini, na série “Memória da Província”, acesse a TAG Memória da Província

2 comentários

  1. José Ricardo Vizioli em 08/06/2020 às 19:26

    Muito bom este minuto de história de Piracicaba, interessante rever, passos de parentes investidos na politica local de época, como foi de meus tios avós João Vizioli e José Vizioli, filhos de Rosário Vizioli , patriarca da Família Vizioli no Brasil. A rua do Rosário se deve ao fato do Bisavô, ter aberto o primeiro açougue da cidade na Rua do Rosário (nome dele…), assim como, o primeiro cinema da cidade, foi inaugurado por João Vizioli… Parabéns pela pauta. José Ricardo Vizioli

    • Patrícia Elias em 09/06/2020 às 17:01

      Olá, José Ricardo!
      Obrigada por navegar por nosso site e, principalmente, contribuir com o conteúdo.
      um abraço

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