Enchente antiga

Enchente antiga

A foto é de 1967, a enchente do rio daquele ano. Outra. Vêem-se os barcos de pescadores levados pelas águas até o Largo dos Pescadores e, mais além, até às portas das casas ribeirinhas. Para muitos, havia prejuízos e dramas. Mas, no fundo da alma de cada um, pulsava um sentimento de alegria por ver o rio exuberante, vivo, fecundo. Pescadores teimavam em ficar dentro de suas casas, dormindo nos barcos, bebendo cachaça, conversando, contando causos, enquanto familiares eram abrigados no Clube de Regatas (quando também não inundado), em escolas, na sede da Irmandade do Divino.

Misto de tragédia e de alegria, as enchentes do rio Piracicaba fazem parte de nossa história. E, mais do que maus presságios, as águas, transbordando, sempre foram sinal de bons augúrios, de fartura, de vitalidade e, em revéillon, indícios de um ano novo pródigo. Que assim seja em 2010.

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