Para um ano novo

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O calendário é uma construção humana surgida da necessidade de se marcar o tempo. Necessidade prática e psicológica. Alguns calendários estão em vigor na Terra, configurados conforme os
interesses e interpretações de dadas culturas ou crenças. Para os povos nascidos em berços cristãos amanhã inicia-se um novo ano.

Mas que novo ano é esse se são velhos seus celebrantes? Que novo ano é esse se as guerras da fé e as guerras sem fé são tão velhas quanto os humanos seus combatentes? Que novo ano é esse se as diferenças humanas ainda promovem velhos preconceitos? Que novo ano é esse se a riqueza continua a produzir a velha pobreza? Que novo ano é esse se o consumo insustentável ainda consome o velho mundo?

Um ano novo não depende de configurações de datas, nem de fatores físicos, nem da posição dos astros, nem da energia dos átomos. Tampouco depende de um Deus, de vários deuses, de orixás, de Alá, Buda, Cristo, Gandhi, Kardec, Maomé, Moisés, Oxalá ou de um líder ateu.

Um ano novo se faz com sonhos novos e esperanças novas. Vontades novas sem medos velhos. Um ano novo se faz com desafios novos e conquistas novas. Trabalhos novos sem preguiça velha. Um ano novo se faz com respeitos novos e pessoas novas. União nova sem preconceitos velhos. Um ano novo se faz com ideias novas e atitudes novas. Práticas novas sem discursos velhos.

Um ano novo se faz com novas maneiras de conviver em sociedade. Hábitos novos sem individualismo velho. Um ano novo pode começar agora com cada velho habitante desse planeta. Comece o seu para que ele seja, de fato, feliz.

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