Programadores são os novos deuses?

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Foto: Reprodução Google

Já passou a o tempo de e arte discutir a existência ou não de Deus. A questão parece ter sido superada pelos radicalismos extremistas do sim e no não que estão tomando conta da sociedade. Por isso, o filme “Calmaria”, dirigido por Steven Knight, deve ser visto com renovados olhos curiosos.

A questão que ele coloca é outra: seriam os deuses programadores de computadores? A pergunta ganha sentido numa trama em que somos enganados o tempo todos, pois acredita-se inicialmente que o tema central seja aluta de um homem para pescar um enorme peixe, tema aliás recorrente na literatura universal.

Logo em seguida, pensa-se que o assunto é um caso e amor entre o pescador e sua antiga namorada, com quem gerou um filho antes ir para a Guerra do Iraque. Mas percebe-se que a dramaturgia é conduzida por esse menino, que acabará por assassinar o padrasto, que bate e humilha sua mãe constantemente.

É esse menino que ergue universos paralelos em seu computador, programando e estabelecendo as mais variadas situações, com reviravoltas constantes e nuances de personalidade aparentemente inconsistentes, mas que podem ser interpretadas justamente por serem fruto de uma mente adolescente. Seria esse menino um novo Deus a adorar?

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