Se Deus é brasileiro, adeus também é!

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Brasil-e-Alemanha-bandeirasVirei, revirei e confesso a bem da verdade que não dormi. Perder é parte do jogo. A forma é que incomoda. Aos 30 minutos de jogo e já com cinco no lombo, imagens de pessoas, de crianças, enchiam os telões do estádio com ares de tristeza, decepção, agonia, ou seja, lá o que fosse, afinal, como brasileiro não consegui encontrar um único adjetivo que pudesse expressar todo este sentimento de tragédia que pesou no solo desta nação. Claro e evidente que um país é muito mais que isso, mas, quando a paixão existe, a razão sofre, arrebenta e esmaga sonhos. Em que pese o ‘sete’ ser considerado o número da mentira, o resultado foi esmagadamente verdadeiro. De mentira mesmo, e faz tempo, é este futebolzinho vagabundo vendido aqui neste país em ingressos e planos de pay-per-view das operadoras de TV. Faz tempo e já vai de longe data que o Brasil vem jogando e revelando tudo no diminutivo. O craque de hoje deste time, não engraxaria a chuteira de muitos jogadores do passado; de 40, 30 ou 20 anos atrás. O esculacho estampado na cara do Scolari fez pena, pra quem viu aquele olhar perdido na margem do campo. A verdade que ao acordar nesta manhã de quarta, trouxe na boca o sabor amago da derrota, pois perder faz parte do jogo, o problema foi a forma como ela aconteceu. Além disso, penso que a disputa do terceiro lugar não vai mudar nada, mas se perder vai piorar tudo… e tudo por conta dos ‘futecratas dirigentes’, treinadores superados e jogadores medíocres. E quando sábado chegar e o jogo acabar, os jogadores, milionários chorões deste time, partirão para suas mansões na europa, ou seja lá, pra que país for.  Enquanto isso, a vida por aqui vai continuar do jeito que está com os problemas de sempre e com a mais plausível certeza que se Deus é brasileiro, adeus também é!

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