Largo sagrado e profano

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Onde hoje está o largo, havia a Capela de Santa Cruz. O local é um dos pontos mais conhecidos da Piracicaba atual, onde funciona também um corredor comercial requisitado. É o que destacava a matéria publicada há 30 anos, em agosto de 1987, no semanário A Província. O lugar era palco de festas, mas eram realizados encontros não apenas religiosos, mas festanças populares, com samba rural e caipira.

Era ponto de encontro principalmente dos negros recém-libertados, que se reuniam para dançar batuque e umbigada, em festas que iam até altas horas. Logo os encontros começaram a ser perseguidos por conta do ambiente “anticristão”. Já a principal festa religiosa era de Santa Cruz, sempre no dia 3 de maio. A capela servia para reuniões de catecismo.

Com o término da construção da Igreja de Bom Jesus do Monte, em 1935, a capela perdeu sua vez. Logo a rua Santa Cruz foi calçada com paralelepípedos. Construiu-se também o passeio, com bancos e árvores espaçadas. No governo de José Vizioli, foi erguido um cruzeiro, depois transferido para a Igreja de Vila Boyes, chamada de São Dimas, assim como o bairro.

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