Mil-réis e cruzeiro

cruzeiro

Nota de um cruzeiro

Esse texto foi publicado em julho de 1988 no semanário impresso A Província. Recuperamos para lembrar os 30 anos de atuação em Piracicaba.

Quem se lembra do mil-réis, dinheiro que circulou no Brasil Colônia, na Monarquia e na República? Pois ele foi substituído pelo Cruzeiro em 5 de outubro de 1942. O recolhimento das notas, no entanto, demorou uma data de anos. Como de costume, nas coisas brasileiras, os prazos eram sempre prorrogados.

Onze anos depois, em janeiro de 1953, foi dado prazo definitivo, até janeiro de 1955, para o total recolhimento das notas de mil-réis, que circulavam carimbadas como cruzeiro. Naquele mês as notas de mil-réis não teriam mais valor.

O cruzeiro também sustentou seu valor inicial por pouco tempo, passando a cruzeiro-novo e depois outra vez encolhendo para cruzeiro, somente.

Aí inventaram o Plano Cruzado, ingenuamente aceito pela Nação e toda a Nova República – e deu no que ainda está, apesar de terem inventado ainda o Plano Cruzado II…

Na verdade, a moeda oficial agora é o Cruzado (criado pelo decreto-lei nº 2283, de 28 de fevereiro de 1986), a que circula é o cruzeiro (carimbado ou não); a que vale mesmo, no entanto, é o dólar, sem falar na OTN, que se tornou moeda bastante circulável.

E tem mais: já estão falando em encolher o cruzado (o que daria uma confusão dos diabos…). Do jeito que as coisas estão, com a Constituinte pretendendo influir até na economia universal, não seria de se estranhar que a proposta seja para encolher o dólar e não o cruzado…

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