Strauss, o homem que a torcida não esquece (2)

O TOQUE DA VALSA

Strauss, mas por que Strauss? Será a valsa tão famosa de Strauss? O apelido não tem nada com a valsa, mas, ao mesmo tempo, Strauss não deixava de bailar dentro do campo, deixando seus adversários estupefatos de tanto “dançar”.

O apelido surgiu certa vez quando Moacir de Moraes, também jogador do XV, disputou uma partida contra o Santos e acabou conhecendo um jogador chamado Strauss: esse jogador era muito parecido com o Alidor Renzi. “O Moacir começou a me chamar de Strauss porque eu tinha sardas e a pele avermelhada, igualzinho ao Strauss do Santos; por isso o apelido permanece”, disse ele.

Strauss desenvolveu um trabalho paralelo durante 35 anos na Cia. Boyes, onde já aposentado, trabalhou no escritório da fábrica: “Naquele tempo, não tinham esses altos salários pagos aos jogadores, o que a meu ver é um absurdo. Se nós queríamos alguma coisa, precisávamos trabalhar em outra atividade porque o futebol não dava nada”, argumentou.

Em questões financeiras, o futebol não trazia grandes vantagens no passado, mas uma coisa que Strauss comentou, com seu olhar brilhando de tanto orgulho, foi a questão do companheirismo.

“Todos eram todos”, uma amizade que Strauss fala sendo o fator mais importante em toda sua carreira. Não houve gol que tenha marcado a vida desses homens como a união, carinho e o respeito que um sentia pelo outro.

FAMÍLIA DE CRAQUES

A família Renzi teve participação no XV de Novembro, além de Strauss. Seu irmão Mário Renzi também foi, durante um certo tempo 1945 e 1948 -, jogador e, mesmo nesse curto espaço, disputou nada menos que 83 partidas

Se por um lado Mário “pendurou as chuteiras”, Strauss prosseguiu até 1951 e depois de um certo tempo, em 1958 até 59, foi técnico do alvinegro. Seu filho Sérgio Renzi, não fugindo à regra da família também seguiu a carreira “futebolística”, sendo de 85 a 87 destacado preparador físico do XV de Novembro.

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