Gente Nossa
Barata Ribeiro
Quase todas as cidades brasileiras têm ruas com o nome de Barata Ribeiro. Geralmente, são ruas e avenidas valorizadas. Poucos sabem que Barata Ribeiro foi médico, tendo iniciado a sua carreira aqui em Piracicaba, na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, em 1873. Aqui, ele também escreveu peças de teatro e trabalhou como artista de teatro amador. Depois, Barata Ribeiro foi Prefeito nomeado do Rio de Janeiro, por Floriano Peixoto, tendo sido médico pessoal de Prudente de Morais.
Elias Pacheco e Chaves
Foi avô do recentemente falecido deputado João Pacheco e Chaves e, portanto, pai de Jorge Pacheco e Chaves, prefeito de Piracicaba nos anos 40. Elias Pacheco e Chaves construiu a mansão, na Avenida Rio Branco, em São Paulo, onde se instalou a sede do governo paulista conhecida como “Palácio dos Campos Elíseos.” Foi Elias Pacheco e Chaves quem fundou o balneário do Guarujá, hoje importante cidade do litoral paulista, em terras de sua propriedade.
A irmã do Papa santificado
O Papa Pio X governou a Igreja Católica de 1903 a 1914. Foi canonizado em 1954, o primeiro papa tornado santo da Igreja neste século. Seu nome era Giuseppe Melchiorre Sarto. No livro de memórias, ainda inédito, do agrônomo Francisco Iglésias há uma informação curiosa: o cocheiro da suntuosa carruagem usada por Paulo de Moraes Barros chamava-se Pedro Sarto.
Segundo o memorialista, Pedro Sarto afirmava ser sobrinho do Papa Pio X, sendo, pois, sua mãe, irmã do Papa. A mãe de Pedro era uma senhora mirrada, que fazia limpeza de casas. O mesmo memorialista conta que apenas acreditou no parentesco de Pedro Sarto com o Papa quando o jornal “O Estado de São Paulo” publicou, em 1910, a notícia de que havia retornado de Roma a irmã do Papa Pio X, “uma senhora que residiu em Piracicaba por muitos anos.” A velhinha, que andava pelas ruas piracicabanas com a vassoura nas mãos, era, realmente, a Irmã do Papa que ficou santo.
[Este conteúdo foi publicado no “Almanak de Piracicaba”, editado pelo jornalista Cecílio Elias Netto, do jornal impresso “A Província”, que circulou como suplemento do jornal “A Tribuna Piracicabana”. Para este projeto, foram elaborados vários fascículos ao longo do período de novembro de 1995 a agosto de 1997.]
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