Pombos do Divino
A Festa do Divino nasceu do espírito religioso de nossos antepassados, quando Igreja e Estado estavam unidos, ainda no Império. Em Piracicaba, realizamos talvez uma das últimas comemorações fluviais, muitas vezes com conflitos entre o clero e os leigos. Durante o epicospado de D.Aníger Melilo, ao início da década de 1960, a Igreja negou chancelar a festa, considerando-a muito mais folclórica do que religiosa. Com o mesmo bispo, no entanto, houve a revisão das celebrações.
A foto, de 1952 e de autor desconhecido, mostra a soltura dos pombos, num tempo em que havia concórdia para a realização da festa, com apoio do clero e das autoridades municipais. Na foto, à esquera, o Padre João Echevarria, vigário da Paulicéia, prestigiando o ato, a representante da Família Marchiori e, quase encoberto, o então prefeito Samuel de Castro Neves.