2015: para onde iremos?

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alice-e-o-gato-de-cheshireQuando Alice pergunta ao gato que caminho tomar, o mesmo lhe responde que depende para onde deseja ir.  A menina diz que lugar algum e imediatamente recebe a resposta de que qualquer caminho servirá então ao intuito.

A fábula Alice no País das Maravilhas nos faz refletir sobre nossas vidas, no como e onde desejamos chegar. Confesso que já não me impressiono muito com o tradicional pessimismo que acomete a maioria das pessoas, passadas as festas e comemorações de final de ano. É como se janeiro trouxesse além das contas e impostos, um mar interminável de preocupações que acabam transvestindo-se de armaduras ou desculpas para que não façamos as coisas acontecerem.

Sendo assim, pergunto a cada um de vocês, que dispuseram alguns minutos de seu precioso tempo para ler esse breve artigo: Para onde você desejar ir este ano? Se souber a resposta fica muito mais simples descobrir qual o melhor ou mais indicado caminho. Vou um pouco além e de forma macro, apresento outras perguntas: Qual seu propósito de vida? Qual sua missão? Qual sua visão de futuro? Quais são os valores que nortearão esse trajeto? Claro que cada pessoa responderá de forma diferente, principalmente considerando sua idade e status atual.

Como únicos gestores e responsáveis por nossas vidas, precisamos  olhar um pouco para 2014 (ou além) e analisar tudo que foi planejado, tudo que foi cumprido ou não e, a partir daí, montarmos nossa trajetória para este ano que acaba de iniciar, seja mantendo antigos objetivos ou renovando-os.

Temos duas decisões então a nossa frente: nos escondermos atrás da muralha de desculpas e realizarmos muito pouco ou batalhar em prol de algo grandioso e especial para superar todas essas previsões catastróficas que ai estão, tais como: vai faltar água; vai faltar energia; a economia vai entrar em colapso; em nosso país impera a corrupção e não há o que fazer; será um ano muito difícil para todos; a violência não para de crescer; a educação está deficitária, etc etc etc. A escolha é sua e independente da postura ou caminho, o ano acontecerá da mesma forma e logo nos encontraremos novamente frente aos festejos natalinos. Alguns irão surfar e trilhar um belo caminho de realizações ou pelo menos tentar. Outros preferiram ficar à sombra e escolher um dos motivos acima citados, para não ter prosperado e avançado mais um ano. Essa é a graça da história, a boa e má notícia. A vida irá acontecer independente do que você decidir.

Se está difícil traçar os seus objetivos de longo prazo ou de forma ampla, sugiro utilizar uma ferramenta muito conhecida no meio corporativo, denominada “Roda da vida”. Nela, você deve atribuir valores ou pesos para cada pilar de sua vida, tais como: familiar, físico, mental, profissional, social, espiritual e financeiro. A partir dos resultados obtidos com essa autoanálise, você saberá onde deve concentrar maiores esforços para buscar equilíbrio.

Jogue para o alto as promessas vazias e sem valor, sempre proferidas ano após ano e rapidamente esquecidas. Foque em sua vida, no que realmente tem relevância e as coisas acontecerão. Assuma as rédeas, seja o protagonista e não um pessimista arrastado de volta para as tradicionais sete ondinhas da esperança. Lembremos da iluminada frase de Gandhi: “Comece em você a transformação que você quer ver no mundo”. Sendo assim, por que devo me prostrar e acreditar que nada vai melhorar e não o contrário, ser um agente eficaz das mudanças necessárias?

A nossa frente, 365 novas oportunidades de transformação, ou melhor, mais um ano inteiro de presente para criarmos, inventarmos, mudarmos e conquistarmos o que desejarmos. Que assim seja e se, mesmo após refletir e decidir tomar um caminho qualquer, lembre-se que qualquer estrada servirá.

Encontro com todos no final do ano lá no futuro, onde os caminhos convergem e gostaria de ver estampado no rosto de cada um, aquele leve sorriso refletindo a felicidade e beleza do novo caminho percorrido em 2015.

 

João Carlos Goia é gerente do Senac Piracicaba, jornalista pós-graduado em mídias e mestre em educação.

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