Pegar carona numa cauda de cometa
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Amparado pelo aporte excessivo e exacerbado de flashes midiáticos, de uma hora para outra apareceu um novo personagem, que o recobrir de uma capa preta conferiu-lhe de pronto, o apelido de Batman – ‘o justiceiro’. Daí, com o advento novelesco que se transformou o episódio do mensalão, temperamentos e ranços passaram por todos os lados, deixando ao presidente do Supremo – STF, um rastro marcante de justiceiro à moda antiga, sobradado ao exalo de aparentes estados de ódios e vinganças. Posso até entender a culpabilidade da quase totalidade dos envolvidos, e apesar de muitos acharem que eu acredito em coelhinho da páscoa, em papai Noel ou até mesmo que eu vivo no mundo da lua, acho que pelo menos um, foi ‘In’genuíno no episódio, por ter agido sim, por prevaricação. Entretanto sem excluir a sua culpabilidade, penso que devamos ficar de olhos atentos ao tamanho dos holofotes e posturas dos magistrados nos escândalos tucanos que regurgitam na tona da política brasileira. Agora, num evento recentíssimo, a família Perrela (Minas Gerais) de alto e estreito vínculo com o candidato a candidato tucano à presidência, Aécio Neves, acaba por se envolver em tráfico de drogas. Nessa altura pensando em eleições maiores para a presidência da república, posso concluir: Se correr o bicho pega, se ficar ele nos come. É droga pra todo lado! Parece-me um problema de doença que nos tempos modernos vem atacando magistrados por todos os cantos do país, inclusive na suprema corte: Juizite aguda! Ao final, espero e desejo de coração, que tudo isso se acalme e aos poucos se apague, deixando na saudade, apenas um rastro, que o tempo e o vento se encarreguem de esmaecer, já que aos magistrados, cabe apenas o cumprimento legal dos fatos, deixando à opinião pública, os manifestos dos exageros e emoções desencontradas.