Rescaldos

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O Paraíso reencontrado

Quem imaginou ainda houvesse um Paraíso Perdido, eis que, agora, sabe ter sido reencontrado. Não foram mais as caravelas, os conquistadores que chegaram, espantados, ao Novo Mundo. Foram mais de 3 bilhões de expectadores que – diante de seus televisores – extasiaram-se não apenas com nossas maravilhas naturais, mas com a descoberta da verdadeira alma brasileira. Num mundo de guerras, de ódios, de genocídios e de morticínios, o Brasil foi o palco da fraternidade e da confraternização.

Os pessimistas e os amargos, os raivosos e rançosos erraram em tudo. Erraram até mesmo em avaliar que a Copa do Mundo fosse apenas uma taça a ser disputada, um campeonato a ser vencido. O grande encontro universal foi, antes de mais nada, a oportunidade para o verdadeiro Brasil – não o de políticos sórdidos – mostrar-se ao mundo, em corpo, alma e espírito. Domenico Di Massi – o grande sociólogo de nossos tempos – já anunciara às demais nações: “A nova civilização mundial está sendo gestada no Brasil.” Apenas os cegos, insensíveis e oportunistas não querem ver. O legado da Copa foi a redescoberta do povo brasileiro, o encontro do Paraíso que parecia perdido. A Seleção de Futebol foi, apenas, um apêndice.

Francisco VS Bento XVI?

Não tem conversa: futebol é baú de mistérios. De certa forma, assemelha-se à Caixa de Pandora que, quando aberta, libertou todos os males do mundo. Futebol liberta todas as paixões, numa explosão quase inacreditável e, por isso mesmo, incompreensível. Misturam-se crenças, superstições, desejos, lágrimas e risos, o que existe de mais belo e de mais feio na alma humana. Por isso mesmo, é apaixonante.

Já se falou que, se macumba valesse, o campeonato baiano terminaria empatado. Agora, o mundo está de olho nas paixões do Vaticano diante do futebol. Do Papa emérito, Bento XVI, não se pode prever muita emoção. Mas, de Francisco, o homem deve estar sob alta tensão. E – como Jesus não pode ficar de fora dessa briga – já se pergunta de que lado ele estará: se do Papa alemão, se do Papa argentino. Pelo jeito – como no campeonato baiano – a Copa do Mundo deveria, em relação ao Vaticano, terminar empatada. Mas as regras não permitem. Portanto, salve-se quem puder.

Sei lá porquê – ou por minha latinidade com heranças árabes – meu coraçãozinho cansado tem sussurrado em ritmo de tango…

Dilma foi a culpada

Como se sabe, Dilma é culpada por tudo, segundo as já conhecidas DIRAS (Direita Raivosa e Direita Rancorosa). Dilma é culpada pela seca nos reservatórios de São Paulo, culpada pelo viaduto que caiu em Belo Horizonte, culpada pela corrupção de Sarkozy, culpada pelas Câmaras de Vereadores. E, também, culpada pela derrota do Brasil. Afinal de contas – como se sabe – Dilma preside a CBF, convocou os jogadores, escalou o time e é responsável por ter deixado o Fred capengando em campo.

Aliás, Fernando Henrique confirmou esse fracasso de Dilma ao, na véspera do jogo, afirmar categoricamente: “Dilma não sabe fazer gols.”

Depois de Pelé e FHC, Ronaldo

São personalidades respeitáveis e às quais o Brasil deve muito. No entanto, quando abrem a boca, espantam pelas inoportunidades? Pelé é famoso também por isso. Fernando Henrique entrou no páreo desde que disputou a Prefeitura de São Paulo e inventou de tomar posse antes do resultados das urnas. Perdeu para Jânio e nem se avermelhou. De lá para diante, chamou o povo de “caipira”, chamou de “nhenhenhém” o clamor popular, etecétera e tal.

Agora, o Ronaldo Fenômeno entrou no time. Riquinho da silva, multimilionário, só faz xingar o país onde nasceu. Morando em Londres, deve estar fazendo teatro para inglês ver”. E não percebe como é ridículo e desimportante como comentarista esportivo. Lembram-se da história do sapateiro e do escultor? Pois lá vai: o sapateiro foi ver a estátua esculpida pelo artista e viu defeito nos chinelos. O pintor agradeceu e corrigiu, pois o sapateiro entendia de chinelos. Mas, em seguida, o sapateiro continuou metendo o bico, apontando erros na musculatura da imagem, nos braços. E o escultou respondeu: “Sapateiro, não vá além dos chinelos”.

Pois é, Ronaldo.

Escondidinho, escondidinho

Foi revelado que o Aécio estava – escondidinho, escondidinho – assistindo ao jogo do Brasil e Alemanha. Quis ficar anônimo, mas foi descoberto. Os petistas já estão espalhando por aí: Aécio Neves dá azar. Toc, toc, toc.

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