Imprensa livre desnuda o rei.

A cada dia que passa, mais se complica a situação do atual prefeito de Piracicaba. E o processo de deterioração e de revelação de fatos se torna acentuado por um único motivo: uma imprensa livre desnuda o rei. O PSDB de Piracicaba sabe disso. E as graves questões – algumas das quais transitando no Fórum de Piraciaba em segredo de justiça – não se tornaram públicas pelo fato de, em pelo menos duas graves situações, o partido de Barjas e Thame ter conseguido, na justiça, a censura, primeiro, do antigo jornal “O Democrat”; e, na última eleição municipal, do “Jornal de Piracicaba”, quando pediu, judicialmente, a proibição de este jornalista cá de A Província escrever sobre política. Barjas e Thame sabiam o que o jornalista sabia, mesmo porque adverti Piracicaba, quando Barjas foi saudado como “nosso homem no ministéro”, que houvesse cautelas com o santo, pois “o andor é de barro”.

O envolvimento de Barjas Negri com escândalos políticos é antigo. Agora, tudo se complica porque é quase impossível conseguir a censura da Polícia Federal, do Ministério Público, da Procuradoria da República, dos jornais Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, das revistas Veja e Isto É. Piracicaba – através de Barjas do empreiteiro Abel Pereira – está na linha de fogo da má fama, assim como estivemos através de Gibão e da máfia do apito. Uma imprensa livre censura o rei. Quando é silenciada, morre a democracia. E, quando se cala por conivência, perde o respeito.

Pessoas intimamente ligadas a Barjas Negri já haviam sido denunciadas pela Revista Veja em 2002, fazendo “lobby” em relação a medicamentos genéricos e com cartão de visita do Ministério da Educação. Os 102 processos a que Lula se referiu e as providências tomadas agora em Piracicaba também pelo Ministério Público mostram apenas que, com uma imprensa livre, não é possível enganar a todos todo o tempo. Resta, agora, aguardar o posicionamento da Câmara Municipal, na qual uma maioria de vereadores insiste em bloquear investigações a respeito das obras da Prefeitura.

Nunca será demais lembrar que, no governo do prefeito Humberto de Campos, o vereador Capitão Gomes era o mais atento observador das irregularidades da prefeitura, denunciando diversas delas,

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