Atrevido e língua solta

26 Prêmio da Música Brasileira

Roberto Filho/Divulgação

Johnny Hooker passou a ser mais comentado desde julho, quando “ousou” criticar Ney Matogrosso, que declarou não querer ser “rotulado” como gay. O jovem cantor pernambucano, que sempre assumiu sua orientação sexual de maneira agressiva, provocou ódios nas redes sociais. Disseram que sem Ney não haveria Johnny (bem verdade). Uma feminista irada afirmou que Hooker era privilégio de “viados brancos e burgueses” (olha a deselegância!)

Isso tudo às vésperas do lançamento de seu segundo disco, que é muito bom, polêmicas à parte. O intérprete parece querer sair de guetos e mira em vários estilos. Há canções que merecem ser populares, como o samba rasgado Eu Não Sou Seu Lixo, e outras que soam como hinos, casos da dançante Corpo Fechado (dueto com Gaby Amarantos) e a intensa Flua (em parceria com Liniker, outro abusado).

Jonnhy presta homenagem, ou bate cabeça, como prefere, a seus dois ídolos: Caetano Veloso (nome explícito de uma canção) e David Bowie (inspiração para a balada Poeira de Estrelas, que soa um tanto sem graça). Fica a pergunta: ele amplia seu público ou provocou quem não devia?

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