O cinema vai à guerra

o grande ditador

O Grande Ditador

Quanto a Segunda Guerra Mundial começou, na Europa, os Estados Unidos começavam a viver uma fase de prosperidade, passando a crise da Grande Depressão. O cinema também encarava um grande momento, com filas nas salas e grandes produções. O ano de 1939 viu a estreia de filmes inesquecíveis, como E o Vento Levou e O Mágico de Oz.

O primeiro a alertar o mundo sobre o perigo foi Charles Chaplin, que em 1940 lançou seu primeiro filme falado: O Grande Ditador. Era uma corrosiva, e não muito sutil, sátira ao nazismo e ao ditador Adolf Hitler. Marcantes foram a cena da brincadeira com o globo terrestre o discurso final, em tom pacifista.

Enquanto a América não entrava no conflito – o que só aconteceu no final de 1941, após o bombardeio da base naval de Peral Harbor pelos japoneses -, o drama Sargento York, estrelado por Gary Cooper, embora situado na Primeira Guerra, criticava a neutralidade.

Embora sem uma cena em campos de batalha, dramas românticos como Casablanca, hoje um clássico, e Ser Ou Não Ser, outro roteiro que utilizava a comédia para falar de questões muito sérias, alertavam o público e o isolacionismo típico dos americanos sobre o clima atual.

Outro destaque foi A Rosa da Esperança, que rendeu o Oscar de atriz para Greer Garson, também sem cenas de guerra, que exaltava o poder da democracia contra os abusos do fascismo. Enquanto isso, a indústria começava a sentir os efeitos econômicos, já que a importação para os países do Eixo – Alemanha, Itália e Jápão – foi praticamente suspensa.

Para os lados do Reino Unido, Henrique V, estrelado e dirigido por Laurence Olivier, usava o texto de William Shakespeare para destilar fervor patriótico. Mais direto, filmes de propaganda de esforço de guerra, começaram a fazer sucesso. Bons exemplos são Fire Were Started e Listen to Britain.

A França ocupada teve sua produção cinematográfica controlada por nazistas. Mas Marcel Carné, com Os Visitantes da Noite, conseguia transmitir uma mensagem sutil. Num clima alegórico, o personagem do diabo era muito parecido com Hitler. Já Alem da Vida, com roteiro de Jean Cocteu, chegou a agradar Hitler com sua adaptação de Tristão e Isolda tendo dois amantes arianos.

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